quarta-feira, 30 de maio de 2007

Piggy

Toda iniciativa de censura, por parte de quem quer que seja, onde for, é porca, e de pai e mãe, sob qualquer justificativa ou explicação, com aquele rabinho ridículo, para ser torcido... Ora, de que cantinho obscuro do psiquismo doentio dos idiotas (com o meu respeito aos que assim mourejam vida afora sem remédio) saiu uma tal idéia? E ela retorna; sempre retorna - insidiosa, malévola, prenhe de orgulho, inchada, vã e gorda de tanta burrice! Obviamente, não é de se pensar na imposição de limite do que tem a incumbência da educação, mas da tentativa infeliz de pretender tutelar, dirigir, quiçá - Deus o livre! - proibir a busca, o acesso e a aquisição, dos outros, dos conhecimentos, das informações, dos embates, enfim, aptos a formar a capacidade de tecer crítica, de dizer: NÃO!...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Nada obsta (?)

De que adianta? Impossível, tanto quanto reter a água ou o vento na mão. Os segredos de gente pública, famosa, consagrada, são como aqueles fuxicos tão deliciosos e de todo intrigantes: afinal, por que queremos saber dessas histórias e as repetimos com uma curiosidade e uma morbidez de tamanha acentuação? Mas quando o "podre" do artista é conhecido até por aquele feirante, aparentemente alienado, que pensa apenas em tomates, a graça se vai! Sei que ninguém vai querer perder tempo para escrever a minha biografia. E daí? Não preciso autorizar ou desautorizar o letrado; e não preciso sequer imaginar se tal produto vai "bombar" na rede enquanto me ocupo com o recolhimento de exemplares materializados... Desde já, meu imprimatur!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

51 anos

Fiz aniversário. Sim, 51 anos. Até aí, nada demais. Bem, noutro tempo, estaria velho, em vias da aposentadoria que me obrigaria a nada fazer enquanto a aguardar pela doença e a morte, assim, de pijama, sobrevivendo de renda bastante, acabado para sequer pensar em diversão. Quando muito, ficaria a sujar mãos em tinta de jornal, postado diante de um aparelho de rádio ou de televisão. Opções esgotadas, que expectativa restaria? Nenhuma! Sem bolo e sem festa, hoje a idade é ainda apropriada para mais uma pós-graduação, a alternativa profissional, o projeto adiado e agora viável, e mais, muito mais. Arte, tecnologia, saberes, cores, sons, sabores, ocasos, luares, tempestades, profunda paz e violência crua; e tudo isso com menos dores e os tais doces amores...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

H

Semana passada, deixei "passar batido" um 'h'; parece que algo não (a)notado. Mas, afinal, o que é um 'h', não é mesmo? Ele não ajuda, a bem dizer (ou talvez só a isso sirva), embora possa atrapalhar. Melhor: quiçá ajude, coitado; pouco; e atrapalhe bastante!... Pessoas há como o 'h' (sem ou com o 'h', hahaha!), que não vieram para prejudicar a si, os outros, o mundo; sem dúvida, contudo, que aí estão sem prestar a menor ajuda, a quem quer que seja e a nada. Em síntese, a quê? São agás vazios e sempre, sempre muito solitários, ainda quando acompanhados - no início, no meio ou no fim de; porque, isolados, são coisa nenhuma, simples letra fria, mero signo exótico, a reles indagação, daquelas que não aguardam mesmo resposta, até quando maiúsculas, e "de imprensa"...!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

1.º de maio

Dia do trabalho! Reuniões, eventos, comemorações com uns brindes, as já bem conhecidas atrações musicais, sorteios, loas e quejandos... Pergunto eu: e a escravidão, ela terminará um dia no Brasil? Pergunto novamente: e a república, ela será afinal aqui estabelecida? E qual a razão de perguntar isso? Porque o labor, além de fatigar, mesmo que ame alguém o que faz, se há escolha (o que raro!), recebe a remuneração dos miseráveis, dos que não são merecedores/dignos obreiros, últimos a usufruir, caso assim não se dê apenas em sonho. O trabalho não liberta, não honra e não dignifica; ele cansa, e muito! E, pior, o maior inimigo daquele que labuta não é o seu patrão, mas sim o governo. O salário compensa, mas é a educação advinda do realizar que eleva e iguala, a nós todos.