quinta-feira, 29 de novembro de 2007

(r)

Oh, pobre América Lat(r)ina! Por que tanta coisa ruim, se já não brota aqui mesmo, aqui é sem dó lançada, num descarte consentido pelos nativos com a alegria dos abobalhados. Ah, vocação maldita, de tanta formosura e exuberância cercada a não poder mais, mas a aguardar esta terra um sentido próprio; ...e ele existiria? Há carência generalizada disso no mundo em que fomos acolhidos tão desigualmente. E afinal caminhamos feito o universo a se expandir rumo ao periférico, ao limítrofe do desconhecido (e é lógico que assim o seja), sem ao menos a expectativa de alcançar alguma grandeza, ainda que só da alma, o que seria mais um sonho alvissareiro! Sem dúvida alguma, o que mais queremos é nos livrar dele - do (r) -, que, qual quisto, nos (de)marca..., nos (de)forma...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Silêncio

Cada qual com suas idéias, claro, mas daí a terem todos que ouvi-las por obrigação e por todo o tempo que "dê na telha" do profícuo falador, aí não! Com efeito, não há quem suporte isso; e, campeão absoluto, bastante "el comandante" nestas américas tão novas. Ao menos o colega de profissão tem algum conteúdo e elán bem mais apreciável, com comprovada experiência e "sucesso" históricos... Seria o falastrão um perigo? O mal se imiscui e o perigo que ele pode representar, ademais de criado, só se torna efetivo se ignorado, se se brinca com ele, irresponsavelmente. A história se repete sim, e por inúmeras vezes - fato notório. A estupidez é ousada, mas podemos sim deixar a burrice de lado, e avançar, e crescer, e fazer como Sua Majestade, "el Rey", com sabedoria!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Que remédio...!

Como fazer com que um ser humano se empobreça e diminua até distorcer a sua tosca humanidade? Dando-lhe tudo, sem que a tanto ele se esforce o mínimo; dali ao opróbrio do nada, um pulo! Como é triste assistir a uma geração sem limites, sem frustrações..., a uma gente sem lutas, sem espenho, sem brio. Pequeno, confundia brio com brilho. Não estava tão errado assim, pois há os que brilham por seu brio, e os foscos, os que fedem a não poder mais. E a culpa disso seria de quem? Dos pais, primeiramente, sobretudo, e sempre, sem ilusões; e dos parentes, amigos, professores e os demais da sociedade, dessa sociedade (todos) que se acha boa por permissiva, ...e omissiva, também. Até quando se suportará tal situação? A resposta depende já dos que fizemos ontem...!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Viajar

Nada como viajar e sair afora, inclusive de si, de sua mesmice cômoda, sufocante, a se buscar ali bem mais adiante, no mundo vasto da imaginação, dos sonhos doces. O prazer é tamanho que a gente nem pensa em volta, por mais que se tenha viajado e ainda que a viagem seja para perto. O problema é a volta, sempre preguiçosa, no caso, para esse país de maioria indigente (num sentido pleno, integral e que parece irremediável...), que não se move nem para morrer e que vai votar sempre daquele jeito idiota, vale afirmar, em que lhe der mais, "de bandeja". Assim em outros sítios infames; faço votos de que esteja errado, que aqui não, jamais a suficiência douta da estupidez. Afinal, que deteriora mais? Volto a isso! Seria o remédio viajar de vez? Aí então...!