quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Ladrões

Diz-se (o vulgo) que o homicida até deixa de matar, mas que o ladrão não consegue ser assim, isto é, ele vai ser ladrão até o fim da vida; podendo, vai o tal exercer seu ignóbil mister. Seria verdade? Há quem duvide, os cientificizados e os pedantes que sóem nos atropelar entre uma idéia e outra. Contudo, espantado fico com o enorme número de ladrões. Não, não os presos..., os soltos! Seja no setor privado, ou seja no setor público, a corriola destrambelhada segue a cavalheiro neste país que todos acolhe sem distinção... Ironia à parte (e aí, gostou?), chama-se isso de tudo: lucro legítimo, agressividade empresarial, política possível, governabilidade; pois nunca vi tantas desculpas! De uns e de outros, presos e soltos, iguais, que não param, senão a maior parte com votos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Servido?

Vivemos numa sociedade dos fármacos e das terapias de toda ordem, sociedade que se acomodou a, depois de sintetizada a droga, após os esboços teóricos da mais nova linha da psicologia, ver divulgados na mídia os sintomas da recente e, já na moda, desordem, síndrome, transtorno, o cacete-a-quatro! Sociedade a nossa, que espera por isso, a pílula de efeito instantâneo, a terapia breve; tudo barato, mesmo que a se repetir e garantir, melhor, perpetuar lucros! Empregos, pesquisas, também, mas, sobretudo, lucros, os lucros da novidade. Engraçado: há coisas que só são boas pelo fato de serem tradicionais, enquanto outras pelo novidadismo que as envolve, caso dos fármacos e das terapias... Por falar nisso, em todo caso, por perguntar apenas, você aceita umazinha?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Cinzas

Passou mais um carn(e)(-)aval, essa doce festa e espetáculo coletivo para um público enorme, todo nela envolvido, à exceção..., ou melhor, inclusive, daqueles que dele fogem - os chamados retirantes, religiosos e avessos; os que preferem ver de longe (e até porque a televisão apresenta os "detalhes" com acuidade estonteante); e impedidos de toda ordem, enfermos, etc. O calor está sempre presente, seja nos recintos mais fechados (bailes) ou nos mais abertos (desfiles), mesmo que chova, como sempre. É bom! As carnes, já úmidas, molham-se ainda mais e deslizam, acoplam-se, fundem-se, numa irresponsabilidade saudável, com(n)-fusão vivencial a que se querem impor cinzas, num "arremodo" pseudo-cristão de uma mais pseudo ainda moral e santidade - marca real de saudade!