domingo, 23 de agosto de 2009

Di a a a iD

A sociedade policialesca e irresponsável em que vivemos, que somos, afinal, de democrática nada tem e socialmente é destroçada, a toda vista! Voltada em sua histórica, atávica mesmo, corrupção, ela se compraz tão-somente no punir, e ainda assim com a seletividade dos hipócritas, cínica qual os pusilânimes. Criminógena e incapaz de resguardar gente, famílias e relações diversas, que poderiam e deveriam ser sadias e produtivas, tal grupelho não previne, mas goza com a persecutio, vive da repressão, a alimentar violência nas urbes mais atoladas de empobrecidos empilhados e campos de injustiças semelhantes, embora boa parte dos miseráveis da cidade tenha tal origem. Ah, a nossa infeliz sociedade, que se perde mais a cada vez que mais uma cadeia é construída...!

domingo, 16 de agosto de 2009

Di a a a iD

O procurador bebeu em excesso e vomitou impropérios. Pediu, já sóbrio, desculpas. O que acontecerá com ele? Nada! A mesma coisa acontece com outros que se dizem "autoridade" - autoridade em quê? Em impunidade? Somos todos, menos eles, os babacas, manés, otários, etc., de um sistema pérfido e doente, que garante para uns o que retira de outros. Não, não somos iguais, nem sonhe com tal coisa! Sustentamos apassivados o sistema que esmaga, que negamos haver, porque nossa dignidade está comprometida e nos refugiamos, acovardados, nús, no odioso e gosmento individualismo que nos acompanha como sobra, nos habita como alma, porque a nossa foi vendida ao demônio da subserviência gentil, calma, com os bons modos de sempre. Que podre isso, e como fede!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Di a a a iD

Perdemos a noção do coletivo, da cooperação, da comunhão, e dos sentimentos mais nobres, tais como a solidariedade e a generosidade, a piedade e a humildade, assim das atitudes altruístas. Quem ainda hoje é solícito? Em nosso prejuízo primeiramente nos isolamos e achamos encanto inicial em nosso mundinho, encanto a ser desvelado na inteireza que jamais existiu, salvo em nosso tacanho idealismo. Daí à nos rebelarmos é um curto passo, até que, depois de muita negação, a angústia nos alcance e se ponha à nossa frente a mangar, a rir, a irritar-nos o quanto lhe baste! Com esse individualismo, aparentemente incurável e muito mais incentivado do que nos damos conta, ainda nos sufocaremos, e disso só lamento, ao amargor que a ignorância traz, restará.

sábado, 1 de agosto de 2009

Fra g men to s

Fazia primaveras no outono, mas não era triste; e com efeito, sempre dava um jeito de se renovar, de dar a tal da volta por cima... Que coisa! A volta por baixo, pelos lados, não traria o mesmo resultado? O importante não seria sair do lugar? Queria exatamente isso: sair do lugar que ocupava, mas por mais voltas que desse sentia-se vítima de uma paralisia angustiante. Ouvira falar de amor, mas se preocupava com o trabalho e os familiares também, e com o mundo, a vida, as coisas sem sentido, que se revestiam afinal de algum. Não é mesmo? Tinha convicção de que sim e o prazer disso era indescritível; porque a assolação das muitas dúvidas produzia um atroz e iníquo sentimento. Incrível não ter dívidas - não as suportava, para ser mais claro. Claro? Impossível, em se tratando de...!