terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Farda e toga

Meus amigos, uma coisa lhes digo: a farda e a toga, o traje social, esportivo e o de banho, o jaleco e o guarda-pó, o avental, a nudez completa, tudo tem sua função, lugar, hora e razão. O preocupante é a confusão que se faz, ou melhor, que se quer fazer! Simples: um cidadão antes anônimo pratica um delito e é exposto à sociedade; contudo, o juiz que o condenou, conhecido, se faz o mesmo, permanece anônimo. Para um a infecta cadeia; o outro o prêmio de aposentadoria compulsória com vencimentos. Afinal, de que Brasil se trata? Sim, para nosso pecado social, dos diversos "brasis". Assim é com profissionais liberais, empresários, políticos, etc. A coisa só não explode porque um toma whisky com cocaína, o outro fuma maconha com vinho, e o outro ainda se entope de crack e de cachaça. Se deixarem seus vícios..., quero estar longe. Depois eu volto. Um Feliz Natal e que nos receba bem 2012, com muita saúde, paz e dias muito melhores!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Um pouco mais de Educação

Um Professor (pê maiúsculo, mesmo que um graduado) ensina a si e de si a seus alunos! Aprende isso, de fato, como tudo, fazendo. Cada aula sua é uma unidade completa em aberto, que faz pensar e que pode ser resumida a uma frase. E mais: ele o faz para que eles o usem e o superem; vale dizer daí, o melhor aprendiz que existe é aquele que passa a aprender independentemente do seu melhor professor - aprendeu dele e agora aprenderá de si, para lecionar-se e pôr-se no que faz. O resto é balela, repetição, "decoreba" e estupidez! Há que se entender (n)o que se lê. Os desdobramentos são inevitáveis no que se fala e no que se produz. Há que dos equívocos se ver brotar o singular, único, original, para que se tenha o que compartilhar e, saindo-se da "mesmice" - marca vil -, gozar a riqueza que nos permite seleção, escolha, e jeito próprio. Educar para a massa ou o que lhe faça a vez? Não percamos tempo - deixe-se como está e pronto!

domingo, 27 de novembro de 2011

Educação temporal?

Instituições de ensino não vendem tempo: a hora/aula existe para que nela um determinado assunto ou parte dele seja abordado; o que se vende, pois, é saber acumulado, que se expõe, se disponibiliza numa atividade coletiva chamada aula. O docente não ganha senão pelas aulas dadas, mesmo chamado de horista ou mensalista - isto significa outra coisa... E ainda que seja ele medíocre, o aluno brilhante de uma aula tira tesouros; o professor brilhante não consegue sozinho afastar o aluno medíocre do que o caracteriza. Estudar é o que faz o aluno, e dá um trabalho danado, exige esforço e paciência, salvo os casos de genialidade. O problema da casa não é gestão deficiente, nem professores relapsos, mas o aluno que se recusa a estudar - mudam-se gerentes, trocam-se professores, mas o aluno é fundamental, até o reclamador; é ele que faz a instituição, que é lembrado e que lembra de tudo, até de matéria mal dada!

domingo, 20 de novembro de 2011

Enganos

A súplica não cessa e seu atendimento também não: "por favor, engane-me"/"pois não, permita-me então"/"pode deixar, eu mesmo o faço"... Quando não é, a pedido, ou por vocação mesmo, enganado, o próprio cara se engana e com um ar de certeza, uma sólida convicção - do tipo judicial -, que impressiona a qualquer incauto. As pessoas são boas, eu sou melhor ainda, o governo, o sistema, as empresas, as instituições, etc: o mundo todo é maravilhoso; ou resta ele satanizado se não me interessa, tangencia algo inconsciente, tem a ver com outros de quem não gosto ou sequer conheço. Mas o que é que é, afinal? Aquilo de que nos aproximamos no risco bem assumido da descoberta, da verificação in loco; ou então assumimos a ignorância tão comum e tão escamoteada que nos caracteriza. Mas sempre atentos, combinados?, ainda que ali, para que impressões, tendências, o que for, não nos logrem com tanta facilidade...

domingo, 13 de novembro de 2011

Mídia vã

A capacidade que temos de ser engodados pelos chamados meios de comunicação social corresponde aos anseios e esforços deles por fazer exatamente assim: retratar uma ilusão, dar forma à realidade, trazer a versão aceitável a quem lhes paga e que nos dê a sensação de que de tudo sabemos; tanto assim o é que cobramos tamanho saber dos outros ("você não viu isso no jornal x?", "a tv mostrou exatamente o que houve!") e repetimos algumas sandices repetidas as nauseam para este fim ("um absurdo esse dinheiro para família de presos..."). O ângulo, o corte, a edição, tudo gira a favor e na direção de fazer crer, ainda que na mentira mais deslavada, desde que midiática, como se isso lhe conferisse status de verdade. Cuidado, cidadãos, muito cuidado! Eduquem-se, leiam, reflitam; não se permitam idiotizar assim tão facilmente! Olho vivo em capturas, UPPs, políticos e seus divulgadores de ocasião! Esta mídia é, em tudo, vã!

domingo, 6 de novembro de 2011

Na goela

O ex-presidente Lula está com um tumor (câncer) na laringe - fato descoberto a tempo razoável para um prognóstico de cura bastante animador, sem ter que recorrer a uma cirurgia que poderia lhe prejudicar a emissão vocal. Pode acontecer com qualquer pessoa, e nenhuma pessoa quer isso para si ou os seus queridos. Questões envolvidas: o ódio e a piada; ambas muito próximas, diria até semelhantes. O ódio, da pessoa, de classe, político, seja qual for, é o afeto que revela um amor avesso, escamoteado, obscuro. A piada é um privilégio nosso ao nos depararmos com a desventura, a tragédia, o horror, que nos entristece ao fim da alma - é o choro avesso da nossa gente brasileira. Pronto! Está tudo aí. Pouco importa se ele, enfermo, vai se tratar no SUS ou no Sírio e Libanês, se o tumor é grande ou pequeno, o câncer agressivo ou manso. Lula está sim preocupado, mas feliz: ainda se fala dele, e com o "carinho" de sempre!...

domingo, 30 de outubro de 2011

Reforma?

Amanhã, dia 31, comemora-se a dita reforma protestante, fato cercado, como todo o fato histórico, de versões... O mais importante, penso, é que o legado de Lutero contra a venda imoral de indulgências papais perdeu-se, apesar da multiplicação de bíblias. Ora, esta, que o fiel, embora analfabeto, deveria saber conter a palavra divina, tornou-se, em ridícula redução à letra impressa, a própria - e assim um verdadeiro patuá, pois; e a venda de bênçãos e milagres de ocasião, à vontade, e acorde a demanda de ávidos fregueses, fizeram dos incontáveis casinholas da teologiazinha da prosperidade antros piores que o do pátio do vetusto templo de Jerusalém quando repleto de vis vendilhões. Mas já não há mais quem os espalhe e atormente com as cordas e seus nós, nem quem explique a quem pretenda ter Fé a extensão de uma Palavra toda Nova, de incondicional Amor, só doação, urdida  numa paixão incontida pela Vida!

domingo, 23 de outubro de 2011

Caruncho de cruz

Domingo, e você certamente já viu um, ou logo, logo, verá, mesmo não indo a igreja alguma: o caruncho de cruz - um ser deveras peculiar, típico, cujas características essenciais, que permitem identificá-lo com bastante facilidade são: não tem outro assunto que doutrina; reserva moral, critica tudo; acha-se professor de todos; pegou na Bíblia com cola instantânea na mão inteira; diz-se assexuado (temporário, até casar); arrisca um olho só, se na ausência de testemunhas; não fuma, bebe ou dança, mas fofoca muito e come demais; a chatice vem à sua frente, não percebida, contudo, por uma pessoa (adivinhem quem...); paga em dia, com rigor, seu consórcio celestial, desdizendo dos que não o fazem; se não o fizesse, isso não seria tão fundamental; seus erros são todos debitados na conta do diabo (culpa, o que é isso?); e nas preces não pede pelos outros ou agradece - mesmo porque não recebeu ainda tudo que merece de seu pai...

sábado, 8 de outubro de 2011

Egoísmo

Ela se disse uma vez sua e, a partir daí, ele a queria única e exclusivamente para si, só para o seu prazer, a sua alegria, somente para a sua mais completa e infinita satisfação, de que ninguém, ninguém mesmo, jamais participaria, pois ela era sua, toda sua, apenas sua, desde os pés à cabeça, o corpo todo lindo, perfeito, como um desenho feito de uma vez - sem rascunho, sem rasuras -, numa agonia idólatra e corrosiva - tal qual toda agonia e toda idolatria -, e para sempre, do mesmo jeito, encantadora em sua paz, cândida em sua expressão, doce em seu gosto, cujo alento, ou desalento (quem sabe) o motivavam a lhe devotar cada segundo, cada fragmento de pensamento, cada chance de carinho, as chaves do enigma dos seus segredos mais bem escondidos, o azul e as estrelas de seu céu, a brisa de sua tarde... Por isso a matou, conservou, e escondeu. Mas, ó Deus!, onde??? Sofre de dar dó até hoje, cruel e amargamente! Memória...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os Naves...

Uma lembrança me veio ao saber que o ex-goleiro do Flamengo, Bruno, vai a júri popular, o que foi confirmado pelo Tribunal de Justiça mineiro: o caso dos Naves, os infelizes irmãos que sofreram o diabo nas mãos dos que sabiam o que era a verdade, porque não poderia ter sido diferente, os infames que até hoje não reconhecem o que todos sabem ser o maior erro judiciário a que esse país de esquecidos, imemoriados, já assistiu. Ora, vamos ver o filme de novo! Urgente tal medida!!! Porque o morto que não tinha corpo e que niniguém vira morrer, e que só os Naves poderiam ter matado, um dia reapareceu, justo lá, nas mesmas Minas Gerais. E Elisa Samúdio? Não se sabe onde e se anda, mas o atleta está preso - será que já julgado como outros tantos? - e corpo ou testemunha da morte, nada, nada em absoluto! As coincidências são tamanhas que aposto, repito, que o filme há de trazer luz sobre algo assim tão obscuro...

domingo, 24 de julho de 2011

Da Política

Não, não é possível tratar de Política nos Partidos, justo porque eles estão partidos, fraturados, moídos e sem consistência; viraram bacias de interesses, nos quais o programa perdeu importância; naus sem rumo e ideologia confiáveis: galhos para se pular daqui para lá e vice-versa. Cadê a Política no Grêmio, no Centro Acadêmico, no DCE, na fábrica, no escritório, na loja, no Sindicato, no Condomínio, nas ruas, bairros, cidades? Tudo abafado, fruto de uma destruição intencional. Obrigado, salvadores! Ao país a herança de uns riachos poluídos sem nascente, alimentados pela chuva do "dá aqui o meu". Quem se elege assim? Povo deseducado vota no mais despreparado (para atuar a favor da coisa pública). Resta o oportunista, velho ou novo, salvo as mesmas raras exceções.

terça-feira, 19 de julho de 2011

De roldão

Pretender hoje no Brasil a extinção da miséria, da pobreza extrema, é tarefa inócua, não obstante todos os esforços dispendidos pelos governos com seus programas; e isso por uma simples observação: a ausência de um eficiente controle de natalidade! Enquanto famílias de classe média não passam dos dois filhos, famílias abaixo da linha da pobreza e nela os têm em profusão - 6, 7, 8 filhos ou mais... Dura matemática! Programas, ações, bolsas, para quê? No essencial - tal controle, saúde, educação -, não se toca, inclusive por duvidosas e pecaminosas e irresponsáveis questões religiosas. Ora, o diabo não está na pílula, camisinha, ou numa intervenção cirúrgica, na esquerda ou na direita, numa conspiração esterilizante, na liberdade, mas na responsabilidade de todos nós os envolvidos. 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marchas

Surgem as marchas no país e no mundo, o que é muito bom! Especificamente no Brasil, as ditas da maconha, das vadias, para Jesus e dos gays. Digo "ditas" porque a coisa não é bem assim: quer-se liberdade de expressão, respeito, poder ser mais que o mesmo, ver a diferença aceita; e tudo isso de maneira absolutamente pacífica. O que me intriga é a postura de alguns crentes, melhor: alguns líderes, que marcham para impedir sua liberdade e a dos outros... Desgraça! Sabem eles o quanto custou a conquista da liberdade religiosa, que nos veio pela mão de um comunista? Jesus os criticaria acidamente e seria afastado de sua marchinha para traz, levando consigo, no entanto, discípulos, chamados a "de dentro" fulminar um tal neofarisaísmo! Parece mesmo que esse mundo não muda...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Ajuda? Alto!

Um livro de auto-ajuda ajuda tanto quanto alface para quem pretende engordar! A questão é que quem quer consegue sim se enganar e bastante, o quanto lhe baste e agrade. Tal material só ajuda mesmo ao autor, ao editor, e constitui uma verdadeira indecência, com seu receituário de risíveis providências e exemplos rotos. A ajuda que de todo resolve se encontra na Psicanálise, e nela, pela fala, tem outro nome (é, claro, coisa bastante diversa); só que custa, e não apenas dinheiro e tempo. Vale a pena esticar-se no divã e faz escapar das mazelas desse auto-apequenamento contido num impresso com capa. Minha sugestão: um analista e a atitude de posicionar-se na vida com um mínimo de seriedade, a dos que, mesmo sob angústia, não abrem mão de bem cuidar-se, de obter o melhor ao seu dispor.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hein?

Inacreditável, surpreendente o que o ser humano é capaz de realizar. Pois bem: um aposentado e esvaziado Osama Bin Laden é finalmente morto por forças especiais do país que o "criou" - a democracia que seviciou presos, alijados de um devido processo, em favor da chamada "segurança". Fica difícil entender, pior ainda, que cidadãos e outros comemorem a morte, celebrem esta velha senhora como se isso redundasse na vida que esperam obter... Que engano, que bobagem: trata-se da mesma provocação de que reclamam quando em outros países acontece a mesma festa de horrores; e assim, de barbárie em barbárie, cremos avançar, evoluir, crescer. Nada disso! Tão-somente nos abraçamos a um fim que se aproxima célere, a exigir que surja logo um pingo de bom senso, e aí sim pela vida!

sábado, 16 de abril de 2011

Oh, tempo!

Meu Deus, amanhã já é o domingo de ramos e eu sem escrever nada desde o carnaval; chega agora a páscoa e... lá vou eu - mais um texto. O tempo! O tempo! A culpa seria do tempo mesmo? Acho que a minha ausência tem mais a ver com tudo o que tem acontecido em tão pouco tempo, isso sim. São tantas emoções (e sem plágio, por favor!): raiva, ódio, indignação, dentre outras, que a dúvida acaba por abrir um rombo no que estaria sendo gerado em letras. Sinceramente, preciso escrever mais, quero poder expor aqui algo que valha a pena, gosto muito dessa atividade criativa. Oh, tempo, eu conto com você e rogo (a época é toda propícia) que os acontecimentos permitam a reflexão, o amadurecimento da observação, a formação das frases, o estabelecimento do pensamento e sua concretização.

sábado, 5 de março de 2011

É carnaval!

Corre solto mais um carnaval e enquanto uns se preparam para a folia outros já pegaram a estrada e sumiram de sua cidade; talvez, claro, receberão parentes e amigos. Praia, montanha, clubes, chegados, há de tudo e mesmo um tal de carnaval em casa... Que fazer? Descansar ou produzir? Ler ou insistir um algum prazer que ficou de lado? O importante é fugir de algum modo da alienação da época (e esta não é a unica que conduz ao obscuro reino dos "malpensantes" e "nadafazentes": temos páscoa, natal e ano novo, também, para nos deixarmos levar junto para debaixo do tapete, como trouxas, iludidos, conformados, etc.) e ajustarmos a vida; reunirmos as forças e dar azo à disposição de atuar em favor do melhor. Que cada qual faça sua escolha e a ponha na "avenida" com toda a alegria!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Podridão na DP

O fato é já bastante (e tristemente) conhecido, falado, e o vídeo rodou solto, amplamente, a internet. Talvez um ou outro, desavisado, ou por desatenção, desinteresse, se tenha olvidado de constatar a realidade da podridão na delegacia - uma escrivã corrupta, delegados tarados, o chefe omisso, PMs assexuadas, o inferno processual penal, em que a Constituição Federal, além do tão vetusto Código de Processo Penal, foram literalmente cuspidos e pisoteados... Chega a dar dó constatar a mulher aviltada a gritar (culpada sim, e a ser punida sim) que sua "periquita" iria aparecer; e apareceu, à força bruta, irracional. Aí, as notas de R$ 50,00 impediram que a desnuda fosse coberta, em desrespeito ao ser humano estuprado pelo falo em riste legal e vero brocha de legalidade, arquivado em um ato vil!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Novidade

Aí está, gente! A novidade está à porta e nos chama a um alegre acolhimento de suas ramificações e seus desdobramentos. É tão importante estar aberto a isso e tão relevante permitir-se uma renovação, que, se de fato ciente, o ser humano não faria o que faz, não desdenharia das chances que aparecem, que emergem, que brotam na realidade da vida. Um cotidiano que lembra lixo diz do vivente, é referente in totum ao sujeito. E tudo pode ser bastante diferente, ainda que nós (sim, nós mesmos) nos diferenciemos da mesmice e daquilo realmente de muito difícil ou impossível transformação. Desse modo, fatalismos, acasos (pragas, azar, etc.), e determinismos perdem sua função vazia e estúpida! A novidade de vida chama, e não só num início de ano, mas diariamente; e pode-se ver sem pagar!