quarta-feira, 28 de março de 2007

O Teatro

Dentre os meios dinâmicos de comunicação visual o Teatro deixa para trás o Cinema e longe, bem longe, a Televisão. Certo é que o Teatro é vivo e ao vivo, com todas as cores e aromas cara-a-cara, quase que pele-a-pele, e cada espetáculo é particular, sem igual, único. O Cinema, sempre mudo, é o olho (do diretor) que se faz nosso olho sobre algo, a contar uma história num roteiro linear ou entrecortado; lentes e ângulos a combinar-se em cada tomada de cena e instante grafado. Já a Televisão, esta quase sempre é chula em seus propósitos. Apassivado, o telespectador não desconfia que não deve mesmo refletir. Pensar? Pouco; nada que o leve a ver a estupidez que o acalenta e, ao menos, daí, desligar o receptor. Os tais programas são o verdadeiro intervalo!...

quarta-feira, 21 de março de 2007

...sem afeto...

Direito e afeto, qualquer um deles, sejam o amor, o ódio, e o oposto de ambos, a indiferença, por exemplo, não se misturam, não se coadunam, não coexistem! Eles não se relacionam com o que só se ocupa do justo/injusto, do legal/ilegal, do aplicável/inaplicável, e nada mais. Com efeito, o máximo a que pode chegar é dar o Direito ao intérprete da legislação e suas demais fontes o dever de as elastecer até o ponto limite de possibilidade de ali algum conteúdo prestar-se à subsunção com o fato concreto, real; havendo mais de uma ocorrência, a que melhor sirva a seu (do Direito) propósito. Isso permeia todo o Direito, inclusive o seu âmbito penal e o do trabalho, e ainda, em que agora parece surgir e querer impor-se uma tal "teoria do afeto" (sic), no de família...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Cana(s)

É cana: Bush vem a seu yard predileto por uma simples(?) questão de estratégia à cat(ou ç)a, também, obviamente, de um combustível alternativo ao claudicante e caro petróleo - o etanol , o nosso tão popular, quanto desacreditado, álcool, que da cana-de-açúcar se extrai; o Congresso Nacional se torna operoso repentinamente e lança-se à edição de leis mais duras e enérgicas contra os terríveis, e mediáticos, crimes de anteontem, por igual dos de ontem, quiçá dos da semana que vem..., e a cana-dura, sem dulçor qualquer, há de "comer solta" no lombo predileto dessa imoral classe mé(r)dia brasileira - as vítimas desprezadas da crônica desigualdade nacional, excuídos de todos os matizes e por todas as suas (da tal classe) perversões. São canas então, e sacanas mesmo!

quarta-feira, 7 de março de 2007

No-velas

Novela sai, novela entra, em vários canais e horários, num invariável continuum...; novelas atrás de novelas, em que a vida na tela é mais real que a realidade de se estar parado pasmo frente à tela que brilha sobre nós, na qual somos mais vistos (por nós mesmos) do que vemos! Tudo muito planejado, e bem calculado - vírgula a vírgula, silêncio a silêncio, olhar a olhar, lágrima a lágrima, grito a grito -, fora as trilhas musical e visual; e ainda tem-se as consultas à excreção assim denominada "opinião pública". Amores, rancores, risos, mortes, temores ou efetivos dissabores, não falta a emoção artificial, a sensação produzida, o impacto (des)me(n)surado da cena... É só então que muito brasileiro por aí se sente (de horário, ao menos, e se senta, afinal) qual nobre... Capitulo!