sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ser o verbo

Não se trata de ter, mas sim de ser, ao menos de estar; coisa duma ligação real – tá ligado? Te liga! – , qual o verbo, da e na ação, conseqüente; porque ter é engodo, auto-engano, e fantasia infantil. Estar, de sorte pouco melhor, é apenas tangencial, e evasivo, ladeador (ou ladeante?...), no vão, cansativo, incessante afã paralelo, giro alucinado e alienante ao redor de. Ser não tem, não está; se(r) é! É sujeito, busca o todo na sua parcialidade achada ainda, cuida de se perder, de se abandonar – será que é por isso que daí se acha mais como nunca esperou? Que nos impomos, se mal dizemos de nós mesmos um desnecessário h? E que adiantaria sonorizá-lo, pois? Melhor do que lograr(-se por pretender) ter, a ansiar a tonta eternidade do estar, antes o continuum ser, como for!

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