sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Di á logo s

[Durante o café da manhã, naquele luxuoso duplex...]
- Mataria esses monstros com minhas próprias mãos! Eu os trucidaria, como fazem com suas vítimas inocentes...
- O que foi dessa vez? Mais uma criança morta, é certo. Na periferia, com certeza. Não vá comê-la em lugar do pão!
- Que insensibilidade a sua! Um médico frio, embrutecido.
- Ora, eu sou patologista; você sabe que eu vou por partes...
- Engraçado, é? Rirei depois, se me permite.
- E você, promotora? Denuncie-os ao invés de lhes tirar a vida sem justiça alguma!
- Fico indignada, e isso me corrói as entranhas; dói até lá, bem no fundo da minha alma...
- Alma? Quanto às entranhas, laudo em uma semana!

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