quarta-feira, 25 de abril de 2007

Nada mais!

Verdade: o hábito não faz o monge; mas que confunde, ah só confunde! Parece que tudo o que é "instantâneo" não presta mesmo ser assim considerado e pronto, sem tempo para u'a melhor, e mais calma, avaliação. Identicamente, o branco não faz o médico, a beca o advogado, o giz o professor, o paletó-e-gravata o executivo, a calculadora científica o engenheiro, o laboratório o cientista; por aí vai. E também a toga não faz o magistrado. Quem sabe das inconsciências que podem e, sim, o conduzem a essa ou àquela decisão; quem disse bastar conhecimento "acabado" a assegurar a passagem no concurso público; e quem tem certeza acerca da isenção ante pressões de natureza política, institucional ou familiar, dentre outras; quem afiança as suas menos-imperfeições? [...] Nada mais!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Corrupção

A corrupção, assim crônica, histórica, imemorial, fundante e vil, que teimosamente insiste em se impor, sempre presente, e crescente, no Brasil, traduz-se na repulsiva degenerescência a carcomer as entranhas estranhas dessa terra em que habitamos; é a tumoração moral que se alastra e se enraíza por todas as frestas, em metástases formidáveis, agudas e espantosas, sob a melodia trágica arranjada em dó maior por lideranças de uma infelicidade raramente igualada, jamais superada (sorry!). Quem poderia supor que se chegaria ao ponto de não mais poder deter sua aparecência de completa ausência de pudor, e um cheiro forte? Quem ousaria crer no "homem de bem" só para vê-lo esboroar-se mais e melhor "por qualquer da cá aquela" (sorry again!) propina? É...!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ateísmo?

Não existem ateus, não mesmo! E a explicação disso é muito fácil de ser dada, e de ser compreendida a depender no último caso do grau de teimosia cultivado, é claro. Não duvido que haja uma gradação de (des)crenças, devido aos lastimáveis efeitos da neurose religiosa, bastante deletéreos, de sorte a se poder encontrar práticas de verdadeira e inequívoca negação da fé entre os ditos e, quiçá acreditados, crentes; igual ocorre verificar apóstatas, incréus e iconoclastas de uma lisura tal que aponta para Deus sem tergiversação qualquer. Tanta contradição reverbera, faz destacar que: ritualizamos tudo, sem exceção alguma, numa liturgia óbvia; e todo o nosso referencial é inevitavelmente divinizado e/ou divinizante. Ora, ateísmo... Ouso sim afirmar que há-(e como há)-teismo...!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Hoje é quinta...

Haverá cura para o Direito? Dirá logo o seu guardião positivista de plantão, de terno e gravata (notório): __Cura do quê?, aparentando elevada intelectualidade. A cura de sua obsessão (a Lei é histérica, observe-se; portanto, inútil esperar que um dia assim se deixem)! Contudo, fato é, e inegável, que no caso do Direito a estrutura se põe umbilicalmente e abarca ele e os que o fazem colorir de preto e branco nossa doce realidade. O ataque só pode se dar nesses últimos, por certo. Como? Alterada sua maneira de atuar o Direito, de dizê-lo, seja a postular, a opinar, a julgar, seja do modo que for. Modificá-lo em si ou via legislação; não! Nada disso nos conduzirá a uma trilha melhor para seguir. Deve-se rever tanta coisa... Imprescindível mesmo é que as pessoas o sejam.