quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A ex-posa

Ela se vira traída e daí resolvera, sabe-se lá como, "dar o troco" no maridão; ou então destrambelhara mesmo - coisa que acontece... O reles "ficar" dele, singelo e pálido, que trabalhava diuturna e incansavelmente a abastecer-lhe as exigências de consumo, com a secretária sem graça já há ano, rendeu-lhe o caso dela, sempre negado!, com o colega também casado, a anunciar à vida seu fracasso no lar - um lar depressivo -, sem filhos; ela contava duas pequenas e lindas criaturas. A desfaçatez aumentara aos poucos e, avassaladora, acabou por ser descoberta pelo que passara a ostentar galhada bem maior que os chifrinhos de diaba da ex-posa, agora aberta, gaiata e de esfuziante infidelidade. Se eles haviam pedido, ganharam-no em dobro e cum laude: o inferno em vida da ilusão vazia!...



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não podia...

Não podia ver o quanto sempre lhe esteve aberta a porta que o conduziria a ser o que esperara; por tantos e tantos longos anos a sensação que possuía era a de uma leve tristeza, qual (leve) a febre que mal chega aos 38 graus... Inamovível, por mais que consentisse em parecer um pião com alguma frequência, a ver à sua frente fervilharem pensamentos sem qualquer aparente sentido, cansava-se já de economizar instantes perdidos, e as palavras que engolira agora lhe pesavam no ventre dilatado, chegando outra vez a estipular o termo de tal situação - mas ainda o (re)começo, o novo, a pujança esgotavam-se ali mesmo, em casca fina. Como se pode viver assim: emoções largas e robustas num abortamento incessante? O simples risco da vida, jamais o tivesse mesmo sorvido. E podia? Haviam lhe garantido, na pequenez, em palavras-cicatriz, nunca ruminadas a contento, que... "não podia"!

sábado, 20 de novembro de 2010

O discurso

O cara brinca, dança, corre, fica parado, pula, anda e... ao falar é ali, no discurso, que dá rasteira em si próprio e vai ao solo, como o boxeador que assiste, atingido no fígado, olhos abertos, atônico, à contagem, até que ouça "dez, nocaute técnico". Falantes, não escapamos desse efeito ético da existência humana. Ético? Sim, e por que não? Ético e fatal ao nos despir ante quem se disponha a escutar, não apenas a ouvir - é um escape aqui, uma quebra acolá, um riso sem graça talvez, e revela-se o que não logramos perceber e que nos habita, a quem pagamos o aluguel... A saída possível? Bem dizermos, com justeza, sem palavras que se prestem a esconder e topando todo o equívoco possível. A psicanálise - e aqui se põem Freud e Lacan - nos convida a, e propicia, além dessa outra fala, um agir decidido, condizente, fiel a essa outra e estranha Ética, do desejo! Isso vale muito. Mas quem a tanto se dispõe?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dilma

Bastou Dilma Rousseff ganhar as eleições presidenciais no Brasil para dois fenômenos bastante conhecidos ocorrerem; vamos falar deles.
O primeiro: os a favor, que agora se põem deslumbrados, achando que tudo é fácil, automático. O segundo: os que, contrários, não se conformam com a derrota por nada e torcem para um desastre.
São duas posturas que revelam a gosto a imbecilidade humana!
Nada será obviamente sem problemas, e se o país se danar todos se danam juntos; custa entender isso? Parece que sim...
Por que não contribuir para um governo justo, apoiando-o ou fazendo oposição responsável a ele, e cada qual fazendo por si e pela coletividade? Perdeu-se essa, ganha-se na próxima.
Amor róseo e ódio rubro estão, portanto, a rodear aos que pretendem politicamente atuar de modo coerente, politica e socialmente - haja paciência!

sábado, 16 de outubro de 2010

Segundo Turno

Muito bem: vamos ao segundo turno! Após a saída mui honrosa de Marina Silva (e do respeitável Plínio de Arruda Sampaio) do pleito à Presidência da República, as opções resumem-se agora a José Serra e a Dilma Rousseff. A disputa é insólita, contudo, pois ambos são mais parecidos do que nos querem fazer crer, sendo risível vê-los determinar, cada qual a seu modo, o quanto são diferentes, opostos, gente irreconciliável. Ora, quem ignora que o PSDB e o PT são mais centro que direita o primeiro e esquerda o segundo? O PSDB não tem é povo e não é elite! No entanto, querem alguns ver o que na verdade não há, como que a demarcar territórios e pedagogicamente trazer a si o eleitor. Dará certo tal estratégia, com todo o baixo nível que ronda e toma conta das campanhas (publicitárias) assim encetadas? Veremos e sofreremos, todos, mais uma vez, as suas boas e más consequências!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Prosperidade

Até onde vai a malfadada Teologia da Prosperidade? Simples invenção alienante do demo, faz recordar o que sucedeu às avessas à Teologia (esta sim) da Libertação - emancipatória e bíblica, conquanto os seus reconhecidos defeitos -, a qual perseguida teve que recolher-se... A da alienação, quer dizer, Prosperidade, só o é para seus anjos decaídos no espírito e de conta bem recheada, donos de "milagretes" de efeito e de ocasião, que absolve os vendedores de indulgências. Ora, é o cúmulo do bizarro em todos os instantes na mídia a rir-se da mais comezinha inteligência "em nome de Jesus"... Vade retro!, e o quanto antes, discípulos de mamon, que por sinal se dão tão bem nos antros políticos de idêntico propósito. Por que será assim, hein? Creio que é caso da mais pura identificação.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pois é, meus amigos! As eleições se aproximam, mas a lucidez neste país só diminui, embora haja as boas e indispensáveis candidaturas. Lamento que sejam poucas as pessoas de fato preparadas para ocupar tão relevante função (legislativa) e a assumir a governança. Já não se sabe a língua, é cada um por si, história então desconhece-se com um orgulho de peito-de-pombo... Que vergonha! Uma hora essa brincadeira vai custar caro, a seriedade nos fará falta; e o que vamos aí alegar, que desculpa daremos aos desacertos e falhas enormes à mostra? É hora de investimentos urgentes em infraestrutura, saúde e educação - o resto vai, se ajeita, desde que crianças e adolescentes já comecem a receber outra influência, notem o país mudar, amem esta terra e busquem nela a sua grandeza! 

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Debates

Demorei um pouco para deglutir o debate dos presidenciáveis, ao menos alguns deles, na Rede Bandeirantes, e escrever sobre isso enquanto aguardo para as próximas semanas o da Rede Globo. Esses programas são lamentáveis, tanto quanto o famigerado e odioso "horário", no qual abrem-se as portas do museu, do hospital, do manicômio, do cemitério, dos reinos do feio e do ignorado. Trata-se em tais ocasiões de dar visibilidade televisiva e vender caros minutos de publicidade; quer-se audiência competitiva, nada mais! Um povo que não lê e não pensa depende daquela arena mequetrefe onde o embate se aguarda: de ideias? Não, de ataques - e goza-se com a estupidez, própria e dos outros. Bem, tudo isso em nome da mídia sem ética que pretende in... Hein? Ah, sim: en-formar!

sábado, 7 de agosto de 2010

Prende ou solta?

prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende Mas, ela tá solta? Ela quem, a prenhe, ou a que não a prende?  solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende solta prende Solta, soltinha, apre/endida, prezada, represada, apre/ssolta? Já não se sabe mais se se prende, se se solta, se se prende, se se solta, se se prende, se se solta, se se prende, se se solta, se e se!

sábado, 24 de julho de 2010

Mais de Eliza

Eliza, a desaparecida (morta?), tornou-se tão achada, sabida, vista, e dita, como nunca em vida imaginaria ser. Que coisa estranha... Mas parece ser assim mesmo que as coisas da vida até na morte ocorrem! Contudo, mais impressionante ainda, neste e em outros casos, é o efeito nefasto da prepotência, da fátua arrogância policial - as investigações a serem efetivas e eficazes mereciam um trato menos egóico e "sheriffesco"; se delegado fosse infalível... Só inteligência e humildade vencem a criminalidade que está a atemorizar as pessoas. Quem vê alguma vantagem na truculência, no falar mais alto, erra e bastante! Já Eliza e os seus agora disputadíssimos filmes continuarão, independentemente de qualquer outra coisa, a encher olhos, ao menos até que se chegue a alguma verdade!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Campanha

E atenção, atenção: vai começar a baixaria total, a completa falta de ética, o festival de idiotices denominado falsamente de campanha eleitoral! Sei que há candidatos corretos, mas é lamentável que sejam tão poucos, sobretudo diante dos que querem se reeleger e, de última hora, partem para a aventura de projetos de lei ridículos, oportunistas, que sabem eles de antemão inviáveis, não é senador cri-cri, não é de-putado? E chega, pois isso é por demais irritante! Muito cuidado, pois, ao votar - podem ser quatro anos, ou mais, de vis agruras e indizíveis contrariedades... Pesquise, conheça, analise, veja, julgue e tome sua decisão seguro de não se punir, de não se apunhalar, de não se se humilhar; o poder não é deles, que só o exercem em nosso nome, mais nada. Vamos acordar, e é já!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Semana

Bom, felizmente a Copa da Mundo da pancadaria e dos erros crassos de arbitragem e da vasilina da irresponsável e omissa FIFA acabou; mas a campanha eleitoral vem aí: será triste e duro de aguentar mais este triunfo da ignorância e do abuso! Mas que fazer, se chamam aquilo lá de esporte e isso aqui de democracia, não é mesmo? Eu ainda aposto, apesar da morte, na vida, no ocupar-se de viver, não obstante o que haja - e sempre há - de adverso. Mas sem engano: nada daquele dito pensar positivamente, dentre outros engodos e os afamados cursos de superstição ou magia, não...! Basta um simples posicionamento, uma ética, só isso. Continuam a hipocrisia elástica e a incompetência generalizada do Estado. Contudo, o desejo permanece e é a questão (o Real) que de fato importa!

terça-feira, 6 de julho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010

Deus me livre!

Fé, seja ela qual for, vale mais que qualquer religião; isso, tanto quanto a Ética mais que a moral, e o Reino que as "igrejas"! Indiscutivelmente, a simples observação traz que o que sucede às pessoas hoje mais parece a completa e absurda falência da compreensão de que suas superstições são de um ridículo estrondoso, de uma inoperância fragorosa, de uma ignorância digna de uma lesma retardada... Deus me livre da moral que conduza a uma igreja no abraço de uma religião - estaria perdido nas garras da eterna perdição da adoração de mim mesmo!!! Antes a Ética atinente ao cotidiano do Reino a tornar inolvidável uma Fé por mais humilde sua ocorrência, incapaz de nascença de se tornar o escudo mentiroso de inconfessáveis e diabólicos interesses. Fé - Reino - Ética... - Responsabilidade!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O cordão

Maldito o cordão umbilical,
que no mundo não há coisa igual,
que me faça um tão grande mal...!

sábado, 19 de junho de 2010

In memoriam

Saramago está morto. Contudo, seus leitores o mantém vivo, toda sua obra o dispõe a nós, que nutrimos uma tão profunda admiração por ele e seu trabalho. Se certamente uma falsa intelectualidade enoja mais que a atrocidade da ignorância, apesar de sua (desta) feição amistosa, a vibração criativa só eleva, traz o vigor ansiado consigo, e com isso Saramago nos soube muito bem brindar. Ele está a fazer falta e muito mais conosco, vivencial, do que as torpezas que sem dó, e bem o fez, criticou. Por muitos anos ele continuará a inspirar e trará ânimo aos que tomem ciência de suas palavras, que encerram uma sabedoria extraordinária, que tem provocado e hão de suscitar outros escritores, tão lúcidos quanto ele! Os que finados não têm fim compõem aquela membresia dita de distinta estirpe...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cárdio

Era um grande cardiologista, mas jamais em sua vida fizera o bem apenas pelo bem, nem nutrira alguma afeição natural por qualquer pessoa...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Outro mundo


Retornando daquela sua primeira experiência, a criança foi perguntada em casa por um irmãozinho acerca do velório, ao que lhe respondeu:
__ Foi assim... do outro mundo!

domingo, 6 de junho de 2010

Quanto?

Ela pergunta, toda doce, o quanto vale para ele...

E ele faz as contas das plásticas que já lhe pagou.

Um bom casamento pode ser objeto de cálculo?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Luz

Já vai amanhecer.
Que pena!
A luz vai afastar as ilusões
e a realidade se refletirá.
Será domingo, o dia infindo?
Talvez segunda...
Sorrir pode ajudar!

sábado, 29 de maio de 2010

Piração



Estava tão "duro" que seu dinheiro vivo estava depositado no IML, numa aplicação fria!

E a conta de chegar do hospital, daí, foi paga com uma folha de seu talão de check up...



sábado, 22 de maio de 2010

Adeus, Lost!

Lost, a série que capturou a atenção de tantas pessoas pelo mundo afora, vai terminar depois de diversas e prolongadas temporadas, e num episódio que levará o dobro do tempo normal. A eterna Lost, até ela, queira-se ou não, tem seu fim e pronto; não adianta senão que se guarde dela, a esmaecer, a lembrança. É incrível, mas muita gente mesmo adoraria, com todos os percalços imagináveis, ir para aquela ilha, viver a se perder, a não mais poder, na ilha de Lost, já que na de Caras..., rsrs!, ou neste território continental, ao qual estamos todos tão atados, a coisa parece não atrair tanto assim as inteligências, e, convenhamos, muito menos os afetos que nos cercam e constituem!

domingo, 16 de maio de 2010

Mais!

Só não vai haver o carnaval, ou melhor, isso aí se tem todos os anos e algo parecido com ele pode muito bem acontecer - um carnaval ou dois -, porque temos logo logo nesse 2010 duas efemérides ditas cívicas, elevadas, consideremos, a tal patamar: a copa do mundo e a eleição para a presidência da república. E aí é que está: estamos mal! Não é uma questão apenas de se falar mal do técnico e dos jogadores; nem de partidos e candidatos...; mas estamos muito mal, mesmo! Quer-se mais, isto é, ética, e educação, saúde, prosperidade advinda do trabalho honesto e competente, etc., o ano todo e todos os anos! Um dia nos aproximaremos do que muitos consideram ideal?

sábado, 8 de maio de 2010

Uma história comum

Logo no momento seguinte, o tiro; o sangue a fluir lentamente do ferimento, sem que possa estancá-lo; a visão a desaparecer aos poucos...
Antes disso, a festa, o retorno, a conversa no carro, o equívoco no elevador, a discussão regada a bebida e os tapas no quarto...
A fuga desesperada, com ligações a pessoas escolhidas. O socorro chegando a tempo de manter o fio de vida que ainda restou...
Lamentos, tristezas - o tempo por testemunha. Incertezas e marcas indeléveis. A cela; a cama hospitalar... Evitável ou fatal?
Mais uma história comum!

domingo, 2 de maio de 2010

Quem lê, entenda...

A dita foi mais dura
quando aderiu à tortura,
solta, em sua loucura,
cujo traço inda perdura
na vida de quem atura
a dor que jamais se cura
de viver a vida em pura
ordem, e tão segura...
- um ideal de brancura.
Mas a morte assim fura,
rasga, retorce a sutura,
que nunca será futura
numa má... estrutura!

domingo, 25 de abril de 2010

Pela hora da morte

Vive-se mesmo apenas em função da morte! A vida? Que vida? E daí? O suposto, e confesso (em Direito isso é possível sim), pedófilo matador de jovens em Goiás leva à consideração de como foram eles executados. Não obstante, sob custódia do Estado, ele se mata (?...). Aí se passa a considerar como ele se matou. Ora bolas! A vida – a prevenção de ataques a ela, sua preservação e melhoria em geral – passa batida, vai ao largo, acaba no buraco, bem na cova rasa jurídica de relevantíssimos e burocráticos porquês sem fim... O certo é que pela morte, e em seu funéreo nome, culpados assim jamais haverá, e de crime algum (mas em Direito isso é possível também)!

sábado, 17 de abril de 2010

Ão...

Sentiu uma comichão
Levantou do caixão
Parecia doidão
Disse "oi" pro povão
Que saiu corridão
Cagado de medão
Em pleno avenidão
Mas tava cansadão
Abotoou o botão
Deitou de novão
Fechou o zóião (só tinha um...!)
Suspirou profundão
E morreu felizão.

domingo, 11 de abril de 2010

Tragédia

Qual é a pior tragédia? Não é preciso se pensar muito para a resposta correta - a pior tragédia é não se estar prevenido, em sendo isso possível, para qualquer delas que advenham no Real. É com efeito muito triste assistir a eventos que de qualquer forma nos atingem, para mais ou para menos, mas que tocam, inevitavelmente, uma coletividade, que resta pasma, aparvalhada! Quiçá um dia, talvez não tão distante assim, independentemente de poderes constituídos, etc., as pessoas se organizem; elas construirão dias bem melhores do que estes. Faça sua parte! Colabore para mais além de seu particular mundo. A responsabilidade atrai, convoca, e... une!

domingo, 4 de abril de 2010

Não!

"Não, não pode!" - frase que não se quer jamais ouvir, que traz indignação, que não conduz a alternativa alguma, que enseja a obstinação cega e burra, que adula a ânsia dos que não suportam (não dão conta) de lhes haver uma interdição qualquer, seja pelo que for. Daí parte-se ao Poder Judiciário, às ações ditas afirmativas - que são a maioria delas só para afastar limites -, aos movimentos libertadores de mesma índole, etc. Tudo estupidez: não posso ser reprovado por não me esforçar tanto ou ser menos inteligente, nem deixar de ir a uma força armada por não ter certa altura ou ter excesso de massa, ou deixar de obter um dado bem por ter menos recursos... E isso é um mal!

sábado, 27 de março de 2010

As criancinhas...

Não tem nada a ver com o dito de Pelé quando de seu milésimo gol...; é que a semana foi pródiga mesmo! Antes, "não comam as criancinhas" era só um alerta a canibais de que a sobremesa não deveria ser tocada antes da refeição em si. A tal coisa transformou-se num anacrônico pito papal a seus iguais celibatários. Depois, o Grande Circo Nardoni, armado em Sampa, para o gáudio de vidas cotidianamente esganadas e defenestradas, o que me leva à conclusão de que uma nação inculta a trepar só pode gerar um perigo social a se multiplicar - gente que goza mal; vidas rotas e seus recalques vis. Amigos, as criancinhas... Vamos salvá-las de tudo isso que aí está enquanto é tempo!  

domingo, 21 de março de 2010

Às putas

Às putas, mas por qual motivo? Bem simples, porque elas merecem uma homenagem, sobretudo diante da concorrência bruta e desleal que sofrem, elas que são detentoras de uma dignidade inegável! Por todo o país há gente que ganha sem trabalhar uma hora sequer, ganha dinheiro público, nosso, sem fazer absolutamente nada para isso; e ainda acham que está certo que seja assim, para o maior espanto de quem permanece com vergonha na cara. As putas ganham seu sustento na cama, na horizontal, mas dão - se não se entregam, nada recebem! E quem as livremente procura paga com recursos próprios. Elas são muito mais dignas, não? Ao que me parece..., sim!

domingo, 14 de março de 2010

Sempre há...

Sempre há... uma maneira melhor, mais rápida, mais barata, mais eficiente, de se fazer aquilo que é esperado, querido, necessário, urgente, que fará bem a nós, aos outros, ao país, ao planeta! Então por que isso não é alcançado? Por que tal não acontece? Ora, só porque nós não queremos bastante e não nos esforçamos de verdade e nos falta a mínima paciência a tanto, tanto quanto sobram as mais variadas e estúpidas desculpas. O ser humano é o problema, não as instituições e os institutos! Parece demasiado custoso acreditar nesta realidade, aceitar a terrível contingência. Uns já pensam de outra forma e assim atuam. Que mais os sigam! À atitude que dignifica!!!

domingo, 7 de março de 2010

A compra

Sabia-se a respeito, é claro; no entanto, a atitude era, digamos assim, bem tolerada. Pegava, todo domingo, entre 15h00 e 16h00, no mesmo supermercado, sem falhas, os produtos mais caros, de maior sofisticação. Colocáva-os no carrinho com cuidado e alegria, seguindo feliz à busca do próximo ítem. Achado ele, o mesmo procedimento. Nada de quantidade; mas a qualidade era inexcedível! O fato é que tão apreciada compra dava, passado certo tempo, em um dos caixas, que passava a caixa de leite, o pão, um suco e a lata de ervilhas - tudo bem modesto. O resto ficava no carrinho. Com dinheiro trocado e amassado pagava e, com altivez, ía para casa a pé, sacola na mão esquerda.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Melhor e pior

Que praga vil é o doce ser humano. Não é de hoje, de agora; a cada tragédia, a cada desgraça, basta que se observe bem: ali se poderá encontrar o melhor e o pior do tal ser "humano" - a virtude, a nobreza, o desprendimento, a solidariedade, o sacrifíco heróico, mas por igual a expoliação, o egoísmo, a cobiça, a delação por interesse... E assim o é! Mesmo nas guerras ou ante um cataclisma acontece e volta a acontecer. Foi na segunda grande guerra, na do Vietnam, em New Orleans, no Haiti, e agora no Chile. Por incrível que pareça, a invasão, o saque, a violação, somam-se a atitudes ricas de uma humanidade não fingida, de benditos anjos anônimos de carne e osso!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ou vai, ...ou vai sim!

O Fantástico apresenta a reportagem sobre pais que têm filhos em casa e os sustentam. Traz o caso de um pobre pai italiano, do tipo caixa-eletrônico, ao qual a Justiça fez o "favor", com "rara inteligência", porque não é o caso do juiz que assinou a "douta" sentença, de mandar dar ainda pensão à filha de 30 anos - verdadeira praga oportunista, que detesta esforço, trabalho, sozinha (claro!) e eterna estudante, agora nas amarras da Filosofia. O problema não são filhos em casa, sim o pensionamento; eles deveriam pagar suas despesas, tendo mesmo parte nas de casa. Sustentadores sem fim são pais de filhos "para si". Mortos eles, quem herdará seus (ar)rebent(ad)os??? 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

+ CWB, R.I.P.

Até agora, nesta "grande" Curitiba, estamos em torno de 60 mortes violentas, somando-se aos homicídios, os acidentes de trânsito, afogamentos, os suicídios de sempre, etc. A maioria dos homicídios estiveram, é claro, ligados às drogas, lícitas e ilícitas. Desse modo caminhamos, mas para quê futuro? Ah, isso ninguém sabe..., porque também ninguém liga, percebe ou quer de fato saber: perder-se na alienação é mais negócio! Daí à novela, empréstimo consignado, voto de idiota (um vota no outro), são centímetros, e dos cômodos. Deixar diferenças para cair na mesmice tem elevado preço - a alienação vira monstro. Cuide-se bem, povão, que o "papão" já está batendo à porta!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Heducassão

Ô país!!! Recomeçam as aulas e a educação continua perdida em sua função, em seu acontecer, em sua relevância. Sem receio, afirma-se a ignorância e... sublinha-se a mediocridade. Como compactuar com isso, o futuro obscuro que se forma? Em outros meios, cuida-se até de educação financeira, enquanto que aqui mal se consegue soletrar, ler e entender, repetir que seja, formar uma frase completa. É  preciso que logo se promova a gente brasileira de população a povo, e que ele seja emanador de seu reconhecido poder! Deve-se começar por aí, diante de tantas necessidades, forjando quem pense melhor, decida com firmeza, e resolva bem os seus conflitos!

sábado, 30 de janeiro de 2010

E chove!

A chuvarada não tem mesmo dado qualquer sossego nesse janeiro, sobretudo no sudeste, levando muitas pessoas a desamparo e desespero que tocam aos mais frios e enrijecidos, mais acostumados a tragédias. No entanto, o poder público ainda não descobriu ou não sabe como fazer para, nesse sentido tão óbvio e necessário, simplesmente gerir, governar, adotar todas as medidas aptas a impedir ou minorar a dor dessa gente que habita as cidades, ou melhor, as olvidadas arapucas urbanas. Perdem-se vidas, bens materiais, a dignidade até, e os que já perderam a vergonha na cara catam desculpas para a mídia e nada mais. Até quando, e onde, a tolerância vai?...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Tudo novo

Muito bem! Ano novo, alguns dias de férias, viagem, retorno, e então vamos ao blog. Quero em 2010 dar a ele uma nova feição. Tomara que consiga, e que dê tudo certo. Inicialmente, vou escrever apenas a cada final de semana para comentar algo que me tenha chamado a atenção. Creio que assim será melhor e os fatos não deixam a desejar, não decepcionam. Vou deixá-lo aberto a comentários também, rever a formatação, etc. Boa leitura a quem me lê. Até semana que vem!