sábado, 31 de janeiro de 2009

Di a a a iD

Tv. Uns médicos. Atendimento à criança em unidades públicas. Dores na cabeça. E nada de um diagnóstico que mereça tal nome; mais palpites, infelizes, sem Noel obviamente, sem graça - só desgraça. Até que se vai a um Médico, em consultório. Anamnese, exame clínico, e tomografia. Sim, pago. Mas o resultado surpreende: um projétil de arma de fogo na cabeça. Há a cirurgia. Sucesso! Os médicos que o atenderam antes estudaram o quê? Ah, anos de cerveja e truco na frente da faculdade; muitas colegas, muitas baladas, e mais isso e aquilo, até se tornarem doutos em descaso e morte, ineptos a não poder reclamar senão de si mesmos. Que tratem de suas mães e filhos... O profissional correto, digno, outra coisa. Su e giù: pagou, comme il fault; de graça, sifu!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No oo ovo

Estão lá dados jogados à força do braço e abrir-se da mão!
estatísticas, esquisitices, essencialmente manipulaçãO
verdades sem razão, de senão em, se não...
ronda os algarismos um nefasto cálculO
Um pulo, de gato, setevidas e milresultados
No oculto das intenções, o vácuo da verdade se estabelece!
mentiras se acumulam
até um topo inatingível de certezas bem cozidas, cosidaS?
Traços idassenvidas, mas identificáveis a uns transbor-dados, entregues, apanhados, ex-colhidos, prezados infinitos, saberes indeduzidos - erros logatemáticos...
sentidos de nada precisam a mais
sem tidoS!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ex tra s

- Chega! Eu não vou mais tolerar toda essa bobagem de que os direitos humanos vão prá lá e prá acolá.
- E eles não vão? O Da...
- Não, sua ignorante! Você viu, e foi até o local, ou alguém documentou? Não, é claro que não!
- Você está me ofendendo ao falar assim...
- Que é isso, eu é que estou sendo agredido. Ora, o que você acharia de eu retornar do trabalho contando que encontrei em pleno metrô um velho amigo meu, o direito de propriedade, contente com o sucesso de seu primo, o registro público, que ganhou na loteria, hahahahahahaha!
- Sabe, não devia ter me casado com você!
- Também acho; devia ter casado com um locutor de rádio, daqueles de programa policial ao meio-dia ou às seis da tarde, com muito sangue, repetitivos, alimentando gente ávida por tragédias.
- Você me enoja, me enoja!
- E os tais programinhas, não? Pensei até que você fosse um daqueles tubarões brancos, uma avestruz.
-Não fico aqui mais um minuto sequer!
- Vá! Procure os direitos humanos...
- Seu insensível!!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Di a a a iD

A igreja renascer só matando, não é? A casa do Senhor perde-se na sua missão, para a qual tem-se até dízimo recolhido com cartão de crédito (internacional?). Sem mais ironias, já afirmei aqui que o Reino é de Deus e a Igreja nem sempre, se fora da dimensão daquele (no qual recusam-se os teólogos aprofundar-se), que lhe é maior. Agora, mais uma tragédia, as mentiras de sempre, o temor de se atingir a liberdade de manifestação religiosa. Quando não é isso, é o conformismo de protestantes, o marasmo romano (desteologizado!), e a alienação à oriental, ou os temores afros (muito desnaturados e nacionalmente corrompidos). E o ateísmo - seita sem templo -, as oscilações do agnosticismo matizado para lá e cá? Sem dúvidas, restam apenas, e muitas mesmo, estas. Amém!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Di a a a iD

Nesse dia de São Sebastião do Rio de Janeiro, Barack Hussein Obama Jr. toma posse como o 44.º presidente dos Estados Unidos, o primeiro negro, e advogado, vindo das elites, com um discurso possível dos impossíveis, que, se realizar, exigirá o suportar de alguma dureza. Um vaticínio: o trabalho trará prosperidade. Mas ele deve estar atento a não acabar flechado no país das vaidades de poucos, da luta de muitos e da miséria que existe lá a rodo sim senhor! E o preconceito? A juventude foi trazida virtualmente a tomar um lugar num ambiente político rígido, de um lado e de outro, e nada mais. Mas além de medidas econômicas, de acabar com terror e belicosidade próprias, cabe resgatar a humildade do santo, cuja grandeza aí reside, que esteve na origem, e que há muito se perdeu...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Po e sia s

morena
enganadora de sentidos
encantadora bela
morena
que seduz enlaça
cada meu sonho menino
morena
mande as dores já embora
e então justo agora
morena
capturada minha vida
dê à filha a nossa luz
morena

domingo, 18 de janeiro de 2009

Di a a a iD

O morto queria deixar seus órgãos para benefício de outros a sofrer - ato meritório de pura solidariedade - e, dado então o evento fatal e final, nada feito, quase todos a apodrecer. Por que? Ora, porque simplesmente o plantonista "matou" seu plantão! A seu talante, sequer providenciou substituto ou avisou a seus superiores... O retrato de um serviço público tipicamente tupiniquim é este, contra o qual devem se rebelar os que ainda possuem alguma consciência e dignidade. Num país decente, o medicastro e seus afins seriam, além do próprio Estado, eficiente e eficazmente responsabilizados. Aqui? Ele nem perde a "boca"; mas os enfermos, prejudicados, vão a pior. O que podem eles dizer? Um "obrigado, doutor!", quiçá? Onde falta muito, não se sabe é por onde começar...

sábado, 17 de janeiro de 2009

Fra g mento s

Tudo parecia muito bem, e, de fato, assim estava, não havia porque duvidar..., nem o que temer. Em todo caso, valeria a pena estar atento! Será que começaria de novo a dor infernal que dava a impressão de que sua cabeça iria explodir? Se acontecesse, que sairia de lá? Suas inquietações, certamente, feito camundongos tresloucados. Os ratinhos não param, qual os pensamentos, cujo rumo não se tem como aferir, nem determinar o alvo. Mas, antes de dormir, e já era a hora disso, não poderia furtar-se a perquerir o que lhe aguardava no dia seguinte, logo pelas primeiras horas: a sessão. Teria que presidi-la (sabia disso desde a anterior), o que tomaria manhã e parte da tarde. Os casos eram como os de sempre. O tal que o incomodava, este já conseguira ele deixar de lado...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Di á logo s

- Foi fácil, certamente!
- E como você sabe disso?
- Não sei; suponho.
- Mera suposição, nada mais?
- Claro, ué!
- Que vergonha! Francamente...
- Por que?
- Não se faz isso. É leviandade pura.
- Eu leviano? Não, não.
- Pois tenha mais cuidado com as palavras!
- Não ligo prá essas coisas.
- Então saiba: foi muito difícil.
- Duvido!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Di a a a iD

Bastam alguns dias fora do Brasil para o susto ao se retornar; e poucos dias mesmo, apenas o lapso suficiente para a gente poder caminhar sem preocupações, inclusive de madrugada. Em automóvel, um indivíduo aborda: assalto? Não; quer informação para ir ao hospital, só isso. Antes, em dia de festa, passa-se por grupo, por outro (rivais), embriagados, drogados, e... nada - o cidadão respeita e é respeitado. Nada de balas perdidas, de tanto armamento, polícia de sobra. Um chama atenção, sério: não atravesse aí, é perigoso; há faixa logo adiante. Enquanto isso (e eles lá tem seus problemas, claro), a dividida, a seccionada sociedade brasileira vai levando sua psicose "pela mão". A leniência é de quem? Do governo, das pessoas. O que ocorre? É preciso responder, e logo, a isso!