quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Olhôma

Olhei sim, porque já procurava fazia tempo uma tal perfeição; olhei, virei olho, até de tão perto olhei e por tanto tempo que achei defeitos onde então não houvera, e não deveria mesmo haver. Impressão (falsa) minha? Ilusão de ótica, de intenção, ou de perspectiva? Afinal, beleza perfeita existe? Não! O belo não é perfeito e o perfeito de belo nada tem. Olhar insaciável, perscrutador, doente?, paciente, e, que pena, só a buscar (ah, satisfação!) o erro, o arranhão, e a marca. Meu sintoma vagueia, ele cega e faz sonhar, sem que eu me aperceba de que esconde de mim - ele tenta, quiçá - mais do que imagino. Mas uma hora deixa de ter importância... Assim, preciso incentivar isso e pôr de lado o que deveria eu dominar, abandonar, ver deixar solta minha vida - os corpos todos livres.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Natal

Aí está o Natal, à porta dos corações; para alguns, das bocas; para mais alguns, dos bolsos; e há quem não ligue nem um pouquinho para isso. O Natal é uma festa essencialmente familiar, pois mesmo religiosa não vale e perde para as ações de graças da outra américa, a de lá de cima, ela mesma, com turkey (felizmente poupado) e tudo. Mas é bom que ao menos um dia no ano as famílias se reunam, que quem não tem família a seja com alguma ou una-se à natureza, que seja!, mas é de bom alvitre que assim se dê, que as pessoas se lembrem da vida, que as famílias dêem-se vida. A família pode até ser um grupo de amigos, antigos ou novos, quiçá improvisados! Certamente, nem que aconteça de se celebrar com um copo de refri e aquele cachorrão, ...um Feliz Natal!!!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Liberdade

Liberdade, um valor! A integridade da liberdade é inegociável sob todos os pontos-de-vista. Certamente, a liberdade "não tem preço", ...conquanto a sua conquista o tenha. Mas o limite é o da vida, não há alternativa imaginável. Por que a loucura dos livres não se apossa das pessoas e as leva à suavidade do viver? Preferimos então apenas sobre-viver, sobre uma fantasmagoria de alteridade, à qual não cessamos de pôr nomes? Cabe refletir e fazer escolhas, abrir os olhos e dar suporte a decisões, a responsabilidade de dizer e manter, abrir-se, romper barreiras, ousar, correr riscos, abandonar a segurança que, homicida implacável, aferra o ser humano a sua própria e tola mesmice. Falta o ar, sobra um imobilismo covarde. U'a morte, daí, vive só a aguardar chegue a outra...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Toque

Ah, o famigerado toque pirangueiro!... Uma verdadeira praga moderna e urbana, a revelar o descuido com os recursos alheios, ao mesmo tempo que a preservação dos, se é que eles existem ainda, próprios. De fato, e por todos os meios e modos, e de direito, não um toque de sabedoria, e de oportunidade, uma - digamos assim - saída, mas um repulsivo abuso. É pena! Mas o que é o toque pirangueiro (há quem não saiba o que é isso...)? Trata-se da prática de você querer falar comigo e daí me ligar, e logo desligar, sem tarifação nos três segundos que se passam; aí o trouxa aqui fica curioso e liga, e gasta, e descobre ser o trouxa de sempre! Há sobre isso música, comunidades do orkut - de amor e ódio -, só não há quem perceba que isso empobrece, ao invés de enriquecer...!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

(r)

Oh, pobre América Lat(r)ina! Por que tanta coisa ruim, se já não brota aqui mesmo, aqui é sem dó lançada, num descarte consentido pelos nativos com a alegria dos abobalhados. Ah, vocação maldita, de tanta formosura e exuberância cercada a não poder mais, mas a aguardar esta terra um sentido próprio; ...e ele existiria? Há carência generalizada disso no mundo em que fomos acolhidos tão desigualmente. E afinal caminhamos feito o universo a se expandir rumo ao periférico, ao limítrofe do desconhecido (e é lógico que assim o seja), sem ao menos a expectativa de alcançar alguma grandeza, ainda que só da alma, o que seria mais um sonho alvissareiro! Sem dúvida alguma, o que mais queremos é nos livrar dele - do (r) -, que, qual quisto, nos (de)marca..., nos (de)forma...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Silêncio

Cada qual com suas idéias, claro, mas daí a terem todos que ouvi-las por obrigação e por todo o tempo que "dê na telha" do profícuo falador, aí não! Com efeito, não há quem suporte isso; e, campeão absoluto, bastante "el comandante" nestas américas tão novas. Ao menos o colega de profissão tem algum conteúdo e elán bem mais apreciável, com comprovada experiência e "sucesso" históricos... Seria o falastrão um perigo? O mal se imiscui e o perigo que ele pode representar, ademais de criado, só se torna efetivo se ignorado, se se brinca com ele, irresponsavelmente. A história se repete sim, e por inúmeras vezes - fato notório. A estupidez é ousada, mas podemos sim deixar a burrice de lado, e avançar, e crescer, e fazer como Sua Majestade, "el Rey", com sabedoria!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Que remédio...!

Como fazer com que um ser humano se empobreça e diminua até distorcer a sua tosca humanidade? Dando-lhe tudo, sem que a tanto ele se esforce o mínimo; dali ao opróbrio do nada, um pulo! Como é triste assistir a uma geração sem limites, sem frustrações..., a uma gente sem lutas, sem espenho, sem brio. Pequeno, confundia brio com brilho. Não estava tão errado assim, pois há os que brilham por seu brio, e os foscos, os que fedem a não poder mais. E a culpa disso seria de quem? Dos pais, primeiramente, sobretudo, e sempre, sem ilusões; e dos parentes, amigos, professores e os demais da sociedade, dessa sociedade (todos) que se acha boa por permissiva, ...e omissiva, também. Até quando se suportará tal situação? A resposta depende já dos que fizemos ontem...!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Viajar

Nada como viajar e sair afora, inclusive de si, de sua mesmice cômoda, sufocante, a se buscar ali bem mais adiante, no mundo vasto da imaginação, dos sonhos doces. O prazer é tamanho que a gente nem pensa em volta, por mais que se tenha viajado e ainda que a viagem seja para perto. O problema é a volta, sempre preguiçosa, no caso, para esse país de maioria indigente (num sentido pleno, integral e que parece irremediável...), que não se move nem para morrer e que vai votar sempre daquele jeito idiota, vale afirmar, em que lhe der mais, "de bandeja". Assim em outros sítios infames; faço votos de que esteja errado, que aqui não, jamais a suficiência douta da estupidez. Afinal, que deteriora mais? Volto a isso! Seria o remédio viajar de vez? Aí então...!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

... veneno

Doce ou salgado, pouco importa, a gente jamais se cansa, e come, come até demais, e sem parar, lembrando a comilança, título em português do apetitoso filme, la grande bouffe. Veneno adorável e companhia de tantas horas, amena e grandiosa, de aromas e sabores, texturas e cores, expressões e tensões, toques e conceitos, de distinção entre os homens (Bordieu?), conquanto a trazer felicidade no requinte e na simplicidade da mesma forma. Materias-primas a dedo, é quem prepara e quem prova e quem consome também; tudo num tempo, que não se coaduna com a torpe cronologia dos comuns. Parece o tempo dos afetos...! Bom isso: afeto e sabor, com amor e sabor, e tudo o mais. Só me falta a temperança. O tempero já me está ao dispor. À obra, pois!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Problema

O problema já o é nas letras que carrega, ou que o carregam. Ele o é para alguém. Problema é algo assim posto, vivido, imaginado, e que dá e passa feito cefaléia. Um problema é tudo; a montanha deles, nada. O cara com um problema só morre, enquanto que o da montanha sobrevive! Problemão. Probleminha. Problemas. Seja na física ou na filosofia (não dá no mesmo?)... Sem o problema não haveria a solução; tudo estaria solucionado, mas disso não teríamos a menor noção por desconhecer a dimensão do problema. Há problema antológico, ontológico, de todo tipo; os sem solução (ainda) e os insolúveis mesmo, que são a solução em si, sua própria e mais adequada solução, confundindo-se num amálgama ora famigerado, ora fulgurante. Haja vida, porque na morte... ó!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Segredo!...

É segredo? Não será mentira? Que(m) (se) importa, se eles se confundem, caminham lado a lado, não se deixam um minuto e mangam às gargalhadas de toda gente que, crédula e tola, ainda se põe sobre o assunto a refletir. A masturbação mental leva horas, dias, semanas...! Um só existe onde o outro há e é assim mesmo que não tem erro as histórias de nossos dias, para não dizer a História, do Brasil, da humanidade. Não se concebeu, ó céus!, até hoje uma fonte completamente digna e fidedigna, plenamente isenta e aceitável. Não obstante tal, segredos mentirosos e/ou mentiras secretas, vão se espalhar orbe afora, como antes, agora, e para sempre, tecendo as explicações aptas a nos convencer de e aplacar o que for. Sim, inevitável tentar-se impedir. Que alternativa daí nos restaria?

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Greve

Que droga! Pudera, mais uma greve, e das burras, desta feita dos Correios. E por que? É muito simples: porque avilta e prejudica os usuários in casu da empresa estatal de serviços postais. Como a greve seria inteligente? Ora, preservando os interesses dos seus clientes e, a selo e porte livres, obrigando à negociação imediata. Mas a teimosia não deixa, né Mané? Assim acontece com empresas de transporte coletivo e outras de que depende a população desse país. Em outras hipóteses, vale o aviso com uma boa antecedência e o prazo curto, mas significativo, desde que em abrangente escala da categoria, de não mais de duas horas. Não disse que era simples? E o é, com efeito! Difícil é se fazer o sabidamente certo frente à tradição que, de torpe, só alimenta de tal (ser-vil) obediência!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A-tração

Por que tão preso assim a você? E quem disse que um dia eu a deixei...? Atraído, atado, envolvido por completo, e sei que claro você também. Com os tempos a atenuação, mas não o corte; nada definitivo, mesmo porque nada se define - só definha, por um pouco. O que morre foi ilusão, foi com ela, nem parou e é passado. O que permanece, se não é futuro ainda, é, com certeza, alegre presente, um dom a ser usado para e na vida. Para, na..., vi-da... Que mistério! Toda solução corresponde a seu problema. Deste modo segue a existência sempre por um fio, fio que nunca se sabe quando se rompe, o quanto é resistente, aonde nos leva; não há como evitar! O que vem sempre melhor, para além do enche-esvazia, são os sonhos e a realidade, num abraço de palavras...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Atração

Mais um modismo ou o quê,a tal da Lei de Atração, o adrede Segredão que todo o mundo já sabe e que foi feito para ser mesmo espalhado feito poeira no deserto? Quem sabe! De qualquer modo, mais uma carrada de espertos arregalados vão (des)iludir multidões sombrias de falsos necessitados de seu (para) (ser)viço... Preces e mais preces subam feito uns tolos balões coloridos ao céu em favor dos neurônios falecidos no afã de dar vazão adequada a todas as vontades expressas, ânsias as mais diversas e esdrúxulas engendradas; salve a nossa mãe Angústia, a dos que não vão obter nada, nunca, e que só a ela terão a consolá-los, a eles que não tiveram a coragem (e a inteligência, ó burrada véia!) de ter a si, só a si e nada mais, a trabalhar duro vida com vida pelo bem a fora.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Política

A política já traz consigo a vil marca da sordidez, a marca do humano. Feita por e para os humanos, de modo a propiciar a resolução de seus problemas uns com os outros - problemas de cada um consigo mesmo, na realidade - ela se assemelha ao submerso, ao subvertido, ao submetido. Paixão escravizadora, consumidora, absorvente, a política, e refiro-me não só ao Brasil, exalta e humilha com a facilidade do que é doentio; alegra e entristece; manipula vida e morte! Haveria salvação para a política, de sorte a um dia ser ela Política? Porque não? Lidar com o agir político com seriedade, transparência, para o que é público, com lisura e responsabilidade, sem privilégios, sim alternância, participação, envolvimento totalizante, suave. Melhorar o humano, e a política, ...e vice-versa. Ao possível!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Manicômio

Assim vai esta terra...; assim vão as pessoas... Até parece a canção (horror!) do "todo mundo louco". Mesmo na França, nesses dias, pretende um governante pôr pedófilos em casas de tresloucados sem qualquer recuperação à vista (ou a prazo). Bem, cada pecador com os seus particulares inferno e demônio, não é? Nada há de mais atrasado, retrógrado, anacrônico e infeliz que isso: vil manicômio! Verdadeira máquina de práticas de um insaciável sadismo. Suas práticas também se dão para além dos muros de uma propriedade qualquer. Fábricas de diagnósticos em foco, sem atenção ao disperso, os nossos, em escalas que não se quer ver por nada deste pobre/podre mundo! Manuais, estatísticas, protocolos, verbas, laboratórios, medicamentos. Ufa, que baita loucura!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Vida e morte...

Como se combinam morte e vida! Tanto o morto Elvis quer-se vivo, quanto a viva CPMF quer-se morta... Ora, aceitação e a imposição combinadas com a verdade e a mentira. Dane-se a ordem, porque a desordem é tanto melhor: se a vida deve ser aceita, já a morte se impõe; se a mentira deve ser aceita, já a verdade se impõe. Você havia pensado nisso? Cada uma, não? Cada duas, desses binários indissolúveis, indispostos, indiscretos... A tragédia de tamanha crueldade invade nossa subjetividade e faz dos mais atentos até seu brinquedinho ridículo demais, marcando nossas decisões com um frígido selo seco, esmaecido e que custa a grudar. Daí a gente o mais querer, como dizia Lacan, ser desejado por um outro ser humano, como nós nos entendemos. Tantos os cruzamentos...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Arte

Bombas... Relembrou-se das bombas. O que era só o atômico espalhou-se, também, pelo tempo, e foi a referência da modernidade na sanha destruidora dos seres humanos. Ah, que existência determinada e bizarra; que miséria e que doçura: destrói-se a vida..., mas para o quê? Para recriá-la, melhor e mais preservada, com mais a trazer a cada um? Do demoníaco ao divino! Salva-nos a arte, que transmuda aquele que faz a desgraça no que redime a si, aos demais, coisas todas, ao próprio viver. A arte é o que nos resta e, enfim, traz o que nos foi subtraído, tirado, arrancado - a decepção que decepou as ilusões que encantaram e desencantam os sonhos do amanhecer! As suas manifestações, das mais simples às mais sofisticadas, acham a quem se destinam e artífices e sentidos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Rio

Como sabido, o Rio possui muitas e variadas belezas - belezas naturais. No entanto, tão castigado como está, resta-lhe, ao menos, sua gente como aquela trincheira, e última, do belo... Polêmica, nunca serena, em agitação de liquidificador, essa maravilhosa cidade viveu alguns momentos de pasmaceira agora, por ocasião de um (de)cantado PAN. Descobriram a felicidade? Parece que sim. E ao fim do evento, o quê? O Rio merece mais atenção, cuidado e amor, antes que o desvairio da criminalidade "a top" que o tem marcado faça-o esboroar, destroçado, entristecido, em meio às suas tão (en)cantadas e descobertas belezas. Ele precisa de uma est(ética) já, e com a máxima urgência, para antes de ontem! Como uma cidade pode deixar tanta saudade assim! E deixa... Muita mesmo...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Caos

O caos aéreo absurdo que toma conta do país demonstra, sem equívoco, a mais completa inabilidade (e a incompetência) das autoridades e empresas brasileiras do setor de organizar até mesmo uma festa de aniversário na qual os convidados sejam deficientes auditivos e visuais... O que parecia bem pouco possível virou realidade, e assustou a nós todos. O lucro às custas da segurança, do risco a que as vidas são expostas, só demonstra haver sido atingido um limite. Por exemplo, cresce a busca por transporte rodoviário acessível e mais perigoso enquanto foge-se do aéreo caro e então, assim se dizia, cercado de segurança. Gerenciamento e eficiência é coisa que vou deixar para aprender com meus poodles, especialistas em ir e vir, sem quaisquer acidentes, por esse meu "apertamento"!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Orkut

Muitas pessoas ainda se espantam, ou rejeitam inutilmente, mas as arrancadas que a tecnologia nos permite são extraordinárias, vão além das expectativas regulares dos mais otimistas, que assistem ao surgimento de "fenômenos", alguns mais conhecidos, outros menos ou nem sequer sabidos. Um deles, notório, é o orkut - uma página de relacionamentos. Há os perfis e as comunidades; o que preste e o que não valha por um só minuto. Estranho é que nos desnudemos e ainda invoquemos privacidade nele, e que nos tratemos com afeto sem qualquer percepção dos sentidos no que toca a existência e identidade...! Somos vistos? Claro e queremos que seja assim, e vemos, ou não nos poriamos voyeurs e narcisos, sob tão variadas e esfarrapadas desculpas. E prosseguimos...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Instituições

Caras aos histéricos, as instituições são fruto da imaginação, ficções carregadas de significados desproporcionais, que alguns querem fortes... Com efeito, a ilusão é mais do que doce, mas enebria e turva a inteligência. A responsabilidade de cada qual, por si, ou na coletividade, a intenção lançada, a atitude inevitavelmente perceptível, e conseqüente, vivem a se esconder, restam sombreadas por aquelas, as instituições, no escapismo que confirma sua necessidade, visto que não é nosso o entendimento; acabaria a humanidade a não ser por um só, que matasse sem morrer, um último (certamente louco)! É complicado viver quando se convive, mesmo com mediações assim, tão essenciais. O importante seria, então, encarnar as instituições sem se desumanizar? Pode bem ser...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

E ado(l)e(s)ci...

Naquele tempo se dizia que, aos 13 anos, se dava a crise da adolescência, em que da tranqüilidade ingênua da infância se partia para uma juventude de mil atrativos saborosos; não antes, contudo, de adentrar confusamente naquele louco período intermediário, convulsivo, turbulento, pleno de revoltas, ...e também de pelos e espinhas! Com efeito, de tanto eu ouvir - curioso - falar disso, tomei uma estúpida decisão: a de não passar por tal crise. Iria incólume ao mundo da criança grande, do aspirante a maior. Foi de minhas piores (e mais lamentáveis) decisões! Teria sido de grande valia o rebelar-me, esperneando contra tudo e todos, a pôr o (meu) mundo de cabeça para baixo, a fim de daí compreendê-lo. Mas, controlado, e numa "falacidade" enorme, ado(l)e(s)ci.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Evangelho

Literalmente, o vocábulo tão caro aos cristãos - evangelho - significa, do grego para o português, notícia boa, coisa que já não se acha mais, porque já não se espera mais, e o que "vende" mais é a pior notícia possível! Mas a notícia boa não é qualquer uma senão a melhor notícia de todas, a saber, a da soberania (real, "reinal") de Deus, eis que no cristianismo se encerra (não se completa) a atividade denominada por nós de revelação. Após o cristianismo não surgiu mais nada; é ele e o que veio antes; é ele e o que ainda se propaga de tudo o que aí está. E o ser humano a errar o alvo (pecado): trocando a fé ou maculando-a com religiosidade exterior, tentando tirá-la de si, mortificando-se, sem viver plena e valoradamente sua vida. O que não tem dono também não deixa de ter lugar!...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Inveja

Na madrugada de hoje, com uma baita preguiça, fui dormir sem escrever; e ainda só de tão preguiçoso acordei mais tarde. Ficou com inveja? Ponha essa mulher de lado! Na bíblia, registro escrito da Palavra de Deus para o crente, o livro do Qohelet, ou o do Eclesiastes, fez-se meu amor, logo que, de tanto eu insistir, ele se foi tornando assim... compreensível... Em seu capítulo 4, versículo 4, lê-se que (e aí vêm as versões) qualquer coisa que se realize atrai invariavelmente a inveja dos outros. Que miséria essa, a humana, que se pretende, travestida de riqueza, ser a fonte do "mais" e do "melhor", da competição. Infelizes deslizadores se dão por avançados e se olvidam da cooperação, única maneira de se ir à frente que existe! A competição corrói a generosidade; sim, e sem dó.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Antonio

Com ou sem acento, nome de meu pai e de um grande amigo (distante este; aquele muito mais...; perto ambos, mesmo assim), grafado de forma simples, há, ainda, no dia de hoje, a recordação do 'santo'. Bem que eu gostaria de poder me multiplicar! Ah, que vontade enorme de ter a chance bendita que lho permitiu fazer-se em duplo. Seria um milagre? Por certo, e por fé! Agora, empechá-lo casamenteiro é troça bastante e de sem-vergonha, digna de casa de horrores, ao gosto duvidoso da crendice típica e mal-afamada, sobretudo de idosos e desesperados (consigo mesmos, é óbvio). Triste conjectura: acabar a figura histórica objeto de historietas, de gracejos, de práticas abjetas e desrespeitosas até. Tudo para não restar só. Ironia! Mas logo com quem foi mais de um?...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Aborto

Aborto, antes de mais nada, produto do abortamento, a bem se dizer. E que se diga mesmo, porque resta claro o agir (ir)responsável humano contra a vida. Não devo e não condeno a qualquer que, mas sou contra por variadas razões, as quais resumem na assertiva de que há alternativas a serem observadas, e de antemão, o seu sentido. As políticas de contracepção do governo, as famílias envolvidas, o gestador conhecido, a própria gestante, os ávidos por adotar, em suma, exemplificam-nas a contento. Se é o futuro cidadão que se acha em amadurecimento, o Estado tem tudo a ver com a gestação em questão; a mulher é dona sim de seu corpo, mas não da vida tão-só, e, convenhamos, por natureza, de outro e nela. Não premiar: a displicência tola e a alienação fácil...!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Piggy

Toda iniciativa de censura, por parte de quem quer que seja, onde for, é porca, e de pai e mãe, sob qualquer justificativa ou explicação, com aquele rabinho ridículo, para ser torcido... Ora, de que cantinho obscuro do psiquismo doentio dos idiotas (com o meu respeito aos que assim mourejam vida afora sem remédio) saiu uma tal idéia? E ela retorna; sempre retorna - insidiosa, malévola, prenhe de orgulho, inchada, vã e gorda de tanta burrice! Obviamente, não é de se pensar na imposição de limite do que tem a incumbência da educação, mas da tentativa infeliz de pretender tutelar, dirigir, quiçá - Deus o livre! - proibir a busca, o acesso e a aquisição, dos outros, dos conhecimentos, das informações, dos embates, enfim, aptos a formar a capacidade de tecer crítica, de dizer: NÃO!...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Nada obsta (?)

De que adianta? Impossível, tanto quanto reter a água ou o vento na mão. Os segredos de gente pública, famosa, consagrada, são como aqueles fuxicos tão deliciosos e de todo intrigantes: afinal, por que queremos saber dessas histórias e as repetimos com uma curiosidade e uma morbidez de tamanha acentuação? Mas quando o "podre" do artista é conhecido até por aquele feirante, aparentemente alienado, que pensa apenas em tomates, a graça se vai! Sei que ninguém vai querer perder tempo para escrever a minha biografia. E daí? Não preciso autorizar ou desautorizar o letrado; e não preciso sequer imaginar se tal produto vai "bombar" na rede enquanto me ocupo com o recolhimento de exemplares materializados... Desde já, meu imprimatur!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

51 anos

Fiz aniversário. Sim, 51 anos. Até aí, nada demais. Bem, noutro tempo, estaria velho, em vias da aposentadoria que me obrigaria a nada fazer enquanto a aguardar pela doença e a morte, assim, de pijama, sobrevivendo de renda bastante, acabado para sequer pensar em diversão. Quando muito, ficaria a sujar mãos em tinta de jornal, postado diante de um aparelho de rádio ou de televisão. Opções esgotadas, que expectativa restaria? Nenhuma! Sem bolo e sem festa, hoje a idade é ainda apropriada para mais uma pós-graduação, a alternativa profissional, o projeto adiado e agora viável, e mais, muito mais. Arte, tecnologia, saberes, cores, sons, sabores, ocasos, luares, tempestades, profunda paz e violência crua; e tudo isso com menos dores e os tais doces amores...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

H

Semana passada, deixei "passar batido" um 'h'; parece que algo não (a)notado. Mas, afinal, o que é um 'h', não é mesmo? Ele não ajuda, a bem dizer (ou talvez só a isso sirva), embora possa atrapalhar. Melhor: quiçá ajude, coitado; pouco; e atrapalhe bastante!... Pessoas há como o 'h' (sem ou com o 'h', hahaha!), que não vieram para prejudicar a si, os outros, o mundo; sem dúvida, contudo, que aí estão sem prestar a menor ajuda, a quem quer que seja e a nada. Em síntese, a quê? São agás vazios e sempre, sempre muito solitários, ainda quando acompanhados - no início, no meio ou no fim de; porque, isolados, são coisa nenhuma, simples letra fria, mero signo exótico, a reles indagação, daquelas que não aguardam mesmo resposta, até quando maiúsculas, e "de imprensa"...!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

1.º de maio

Dia do trabalho! Reuniões, eventos, comemorações com uns brindes, as já bem conhecidas atrações musicais, sorteios, loas e quejandos... Pergunto eu: e a escravidão, ela terminará um dia no Brasil? Pergunto novamente: e a república, ela será afinal aqui estabelecida? E qual a razão de perguntar isso? Porque o labor, além de fatigar, mesmo que ame alguém o que faz, se há escolha (o que raro!), recebe a remuneração dos miseráveis, dos que não são merecedores/dignos obreiros, últimos a usufruir, caso assim não se dê apenas em sonho. O trabalho não liberta, não honra e não dignifica; ele cansa, e muito! E, pior, o maior inimigo daquele que labuta não é o seu patrão, mas sim o governo. O salário compensa, mas é a educação advinda do realizar que eleva e iguala, a nós todos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Nada mais!

Verdade: o hábito não faz o monge; mas que confunde, ah só confunde! Parece que tudo o que é "instantâneo" não presta mesmo ser assim considerado e pronto, sem tempo para u'a melhor, e mais calma, avaliação. Identicamente, o branco não faz o médico, a beca o advogado, o giz o professor, o paletó-e-gravata o executivo, a calculadora científica o engenheiro, o laboratório o cientista; por aí vai. E também a toga não faz o magistrado. Quem sabe das inconsciências que podem e, sim, o conduzem a essa ou àquela decisão; quem disse bastar conhecimento "acabado" a assegurar a passagem no concurso público; e quem tem certeza acerca da isenção ante pressões de natureza política, institucional ou familiar, dentre outras; quem afiança as suas menos-imperfeições? [...] Nada mais!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Corrupção

A corrupção, assim crônica, histórica, imemorial, fundante e vil, que teimosamente insiste em se impor, sempre presente, e crescente, no Brasil, traduz-se na repulsiva degenerescência a carcomer as entranhas estranhas dessa terra em que habitamos; é a tumoração moral que se alastra e se enraíza por todas as frestas, em metástases formidáveis, agudas e espantosas, sob a melodia trágica arranjada em dó maior por lideranças de uma infelicidade raramente igualada, jamais superada (sorry!). Quem poderia supor que se chegaria ao ponto de não mais poder deter sua aparecência de completa ausência de pudor, e um cheiro forte? Quem ousaria crer no "homem de bem" só para vê-lo esboroar-se mais e melhor "por qualquer da cá aquela" (sorry again!) propina? É...!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ateísmo?

Não existem ateus, não mesmo! E a explicação disso é muito fácil de ser dada, e de ser compreendida a depender no último caso do grau de teimosia cultivado, é claro. Não duvido que haja uma gradação de (des)crenças, devido aos lastimáveis efeitos da neurose religiosa, bastante deletéreos, de sorte a se poder encontrar práticas de verdadeira e inequívoca negação da fé entre os ditos e, quiçá acreditados, crentes; igual ocorre verificar apóstatas, incréus e iconoclastas de uma lisura tal que aponta para Deus sem tergiversação qualquer. Tanta contradição reverbera, faz destacar que: ritualizamos tudo, sem exceção alguma, numa liturgia óbvia; e todo o nosso referencial é inevitavelmente divinizado e/ou divinizante. Ora, ateísmo... Ouso sim afirmar que há-(e como há)-teismo...!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Hoje é quinta...

Haverá cura para o Direito? Dirá logo o seu guardião positivista de plantão, de terno e gravata (notório): __Cura do quê?, aparentando elevada intelectualidade. A cura de sua obsessão (a Lei é histérica, observe-se; portanto, inútil esperar que um dia assim se deixem)! Contudo, fato é, e inegável, que no caso do Direito a estrutura se põe umbilicalmente e abarca ele e os que o fazem colorir de preto e branco nossa doce realidade. O ataque só pode se dar nesses últimos, por certo. Como? Alterada sua maneira de atuar o Direito, de dizê-lo, seja a postular, a opinar, a julgar, seja do modo que for. Modificá-lo em si ou via legislação; não! Nada disso nos conduzirá a uma trilha melhor para seguir. Deve-se rever tanta coisa... Imprescindível mesmo é que as pessoas o sejam.

quarta-feira, 28 de março de 2007

O Teatro

Dentre os meios dinâmicos de comunicação visual o Teatro deixa para trás o Cinema e longe, bem longe, a Televisão. Certo é que o Teatro é vivo e ao vivo, com todas as cores e aromas cara-a-cara, quase que pele-a-pele, e cada espetáculo é particular, sem igual, único. O Cinema, sempre mudo, é o olho (do diretor) que se faz nosso olho sobre algo, a contar uma história num roteiro linear ou entrecortado; lentes e ângulos a combinar-se em cada tomada de cena e instante grafado. Já a Televisão, esta quase sempre é chula em seus propósitos. Apassivado, o telespectador não desconfia que não deve mesmo refletir. Pensar? Pouco; nada que o leve a ver a estupidez que o acalenta e, ao menos, daí, desligar o receptor. Os tais programas são o verdadeiro intervalo!...

quarta-feira, 21 de março de 2007

...sem afeto...

Direito e afeto, qualquer um deles, sejam o amor, o ódio, e o oposto de ambos, a indiferença, por exemplo, não se misturam, não se coadunam, não coexistem! Eles não se relacionam com o que só se ocupa do justo/injusto, do legal/ilegal, do aplicável/inaplicável, e nada mais. Com efeito, o máximo a que pode chegar é dar o Direito ao intérprete da legislação e suas demais fontes o dever de as elastecer até o ponto limite de possibilidade de ali algum conteúdo prestar-se à subsunção com o fato concreto, real; havendo mais de uma ocorrência, a que melhor sirva a seu (do Direito) propósito. Isso permeia todo o Direito, inclusive o seu âmbito penal e o do trabalho, e ainda, em que agora parece surgir e querer impor-se uma tal "teoria do afeto" (sic), no de família...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Cana(s)

É cana: Bush vem a seu yard predileto por uma simples(?) questão de estratégia à cat(ou ç)a, também, obviamente, de um combustível alternativo ao claudicante e caro petróleo - o etanol , o nosso tão popular, quanto desacreditado, álcool, que da cana-de-açúcar se extrai; o Congresso Nacional se torna operoso repentinamente e lança-se à edição de leis mais duras e enérgicas contra os terríveis, e mediáticos, crimes de anteontem, por igual dos de ontem, quiçá dos da semana que vem..., e a cana-dura, sem dulçor qualquer, há de "comer solta" no lombo predileto dessa imoral classe mé(r)dia brasileira - as vítimas desprezadas da crônica desigualdade nacional, excuídos de todos os matizes e por todas as suas (da tal classe) perversões. São canas então, e sacanas mesmo!

quarta-feira, 7 de março de 2007

No-velas

Novela sai, novela entra, em vários canais e horários, num invariável continuum...; novelas atrás de novelas, em que a vida na tela é mais real que a realidade de se estar parado pasmo frente à tela que brilha sobre nós, na qual somos mais vistos (por nós mesmos) do que vemos! Tudo muito planejado, e bem calculado - vírgula a vírgula, silêncio a silêncio, olhar a olhar, lágrima a lágrima, grito a grito -, fora as trilhas musical e visual; e ainda tem-se as consultas à excreção assim denominada "opinião pública". Amores, rancores, risos, mortes, temores ou efetivos dissabores, não falta a emoção artificial, a sensação produzida, o impacto (des)me(n)surado da cena... É só então que muito brasileiro por aí se sente (de horário, ao menos, e se senta, afinal) qual nobre... Capitulo!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Eles, nós, eles...

Uma das vantagens de ter alguém caninos com que venha a conviver amorosamente é o fato de poder usufruir de suas doces e intrigantes qualidades, donde se pode sem receio destacar a da lealdade. A comparação é absolutamente inevitável com os humanos ao redor, mais próximos ou mais distantes; isto é, não tem como se comparar: eles, os cães, são melhores; sim, de longe, são muito melhores, em sua realidade e contingência animais, não-humanas...! Situação que só constrange, a princípio, logo nos permite ela ter a convicção de que a humanidade, que pretende mais se humanizar, vem, de largo, se perdendo ao estupidamente se desnaturalizar, sem foco ainda preciso daquilo que lhe falta e compete perseguir para que o sejamos. Tarefa para ontem!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Vai... Vai...

É...! Mais um carnaval se (es)vai. Quem sabe agora, findo o reinado de momo, o país não vai, digamos assim, adiante, não é? Há necessidade de que seja conforme, mesmo que com o carnaval, tomando-o, por exemplo, como um paradigma; pode-se e deve-se fazer acontecer mais vida nessa porção de terra e águas que nos dizem respeito! Tenho a impressão de que ao invés de acompanhar o trio elétrico, o futebol que seja, buscando-se eficiência, ser campeão, a máquina pública evita, tão-somente (ó, miséria!), restar nos últimos lugares, o rebaixamento... Saí para caminhar e vi uma senhora branca com tal marca de cinza na testa que pensei, eu, pecador (?): levou tiro na testa e vai ao pronto-socorro ou que tanta sacanagem essa aí aprontou nos dias de folia?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Emoção ou razão

A segurança pública é o anelo de todos os apavorados com os arroubos vindos da mídia sensacionalista, e dos preocupados com isso também; ler os articulistas sérios, poucos lêem, raros meditam nas palavras por estes dispostas, a delas alimentar o proceder. A recente seqüência de atos mais ousados, digamos assim, de atores de lá e de cá, mantida irresponsavelmente a impunidade dos apaniguádos de nossa sociedade encharcada de hipocrisia, extenuou a tal ponto determinados setores da nação que clamores chegaram ao parlamento - emocionais e racionais, a impor, com absoluta necessidade, solução. Essa será emocional se legifer(r)ante; racional, se puser freio à desigualdade excludente e miserável, a espancar a face dos cidadãos ainda responsáveis e decentes. Sensibilidade!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

A prisão

Inútil para o fim a que se propõe (e, claro, sua manutenção), ou fins, como ainda insistem alguns desavisados, aí está a prisão! Ela é a chancela da criminalidade, a garantia de sua continuidade, a marca de uma sociedade ávida por seu evento, a certeza de que ela não cessará por nada e nenhum esforço. Sinal de que os de lá e os de cá não logram evoluir, à toda evidência uma cisão social maior ou menor não deixa de em apoio mútuo subsistir na pervertio de ainda querer fazer o depósito humano em larga ou pequena escala se aperfeiçoar... Ora, tal realidade maldita escapa a qualquer consideração séria sobre o que fazer dessa violência que grassa na trama social! Olhe-se para suas frestas, intervalos, brechas, e seu esqueleto também; problema e solução estão bem ali.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Um dito inicial

Por que escrever? Por que um blog? Por que esse nome dado? Justamente pelo desafio auto-proposto de em apenas treze linhas, no máximo, sem preciso rigor, semanalmente expor o pensamento, dizer de alguma forma, numa forma, nesta mesma, o muito ou pouco que haja para comentar, seja acerca do Direito e seu exercício, sobretudo o Criminal, com suas várias implicações, a Psicanálise - Freud e Lacan -, Política, e tudo o mais que pulse e chegue a ser desejado, que de determinada maneira contribua para provocar e invocar os espíritos mais aptos às percepções que a realidade a todos traz. Os resultados de tal disposição far-se-ão sentir, sim, espero, pela leitura atenta, seguida de livre comentário, ou não; mas certamente virão, e claro muito bem-vindos, a apontar, quiçá, sem equívoco, para os mais passos a dar quem escreve adiante. Não se trata de tarefa fácil, mas o desafio é aceito em favor da memória também!