quinta-feira, 11 de outubro de 2007

... veneno

Doce ou salgado, pouco importa, a gente jamais se cansa, e come, come até demais, e sem parar, lembrando a comilança, título em português do apetitoso filme, la grande bouffe. Veneno adorável e companhia de tantas horas, amena e grandiosa, de aromas e sabores, texturas e cores, expressões e tensões, toques e conceitos, de distinção entre os homens (Bordieu?), conquanto a trazer felicidade no requinte e na simplicidade da mesma forma. Materias-primas a dedo, é quem prepara e quem prova e quem consome também; tudo num tempo, que não se coaduna com a torpe cronologia dos comuns. Parece o tempo dos afetos...! Bom isso: afeto e sabor, com amor e sabor, e tudo o mais. Só me falta a temperança. O tempero já me está ao dispor. À obra, pois!

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