sábado, 19 de junho de 2010

In memoriam

Saramago está morto. Contudo, seus leitores o mantém vivo, toda sua obra o dispõe a nós, que nutrimos uma tão profunda admiração por ele e seu trabalho. Se certamente uma falsa intelectualidade enoja mais que a atrocidade da ignorância, apesar de sua (desta) feição amistosa, a vibração criativa só eleva, traz o vigor ansiado consigo, e com isso Saramago nos soube muito bem brindar. Ele está a fazer falta e muito mais conosco, vivencial, do que as torpezas que sem dó, e bem o fez, criticou. Por muitos anos ele continuará a inspirar e trará ânimo aos que tomem ciência de suas palavras, que encerram uma sabedoria extraordinária, que tem provocado e hão de suscitar outros escritores, tão lúcidos quanto ele! Os que finados não têm fim compõem aquela membresia dita de distinta estirpe...

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