quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ateísmo?

Não existem ateus, não mesmo! E a explicação disso é muito fácil de ser dada, e de ser compreendida a depender no último caso do grau de teimosia cultivado, é claro. Não duvido que haja uma gradação de (des)crenças, devido aos lastimáveis efeitos da neurose religiosa, bastante deletéreos, de sorte a se poder encontrar práticas de verdadeira e inequívoca negação da fé entre os ditos e, quiçá acreditados, crentes; igual ocorre verificar apóstatas, incréus e iconoclastas de uma lisura tal que aponta para Deus sem tergiversação qualquer. Tanta contradição reverbera, faz destacar que: ritualizamos tudo, sem exceção alguma, numa liturgia óbvia; e todo o nosso referencial é inevitavelmente divinizado e/ou divinizante. Ora, ateísmo... Ouso sim afirmar que há-(e como há)-teismo...!

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido Evandro. Concordo contigo. Sabe o que eu sempre achei? Que, para ser ateu, é necessário "não crer em algo". Muito bem, a partir daí, temos um equação negativa. E, para "não crer" há que se aceitar a hipótese de que isto que o ateu não crê possa, na verdade, existir. Um abraço.