segunda-feira, 9 de março de 2009

Ex tra s

Meus pais, sobretudo, me disseram durante algum tempo, na verdade, muito, e muito tempo, demais até, o que fazer. Cresci e isso, depois do amadurecimento temporão, passou, pois enfim me tornei responsável por todos os meus atos. Mas não é assim com todo mundo, infelizmente; o que há de teleguiado por aí (e teleguiantes) não é nada fácil... São os neuróticos devedores de dívidas simbólicas que se chamam disso e daquilo, de modo variado, coisas que só a titica de uma família pode proporcionar, perfurando a singularidade, arrombando a diferença, em favor de uma segurança uniforme e estúpida, que embota e entope. Crescer dói a responsabilidade efetiva e crua, mas nada mais gratificante do que a satisfação ou não. O pior sempre é a masturbação da indecisão eterna, de um querer ambíguo, do sofrimento que isso causa, da angústia subsequente... Há o momento do deixe-me errar sozinho, do preciso viver fora dessa redoma, do estou finalmente vivo!!! A liberdade move, dança, e é real.

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