quarta-feira, 18 de março de 2009

In memoriam

Ele se foi ainda bem cedo. Odiado, invejado por muita, muita gente - héteros, homos e mesmo bis, e sei lá mais o quês -; amado, respeitado por uns menos interessados na sexualidade e sim no talento. Tão cedo... Teria ele sido bondoso? Ou foi malvado, cruel? Como se conduziu em vida? Melhor ainda o fez, isso sim, na hora de sua morte. Descobriu-se que deixou os poucos bens que amealhou para a caridade, ele que foi um adotado, para os órfãos. Muitos machos nada deixam ou pouco para os seus, as suas (grandes calhordas!). Ele não foi vil. Abriu-se à vida, ao sucesso, falou o que pensou, e, como todo mundo, errou, errou bastante; mas acertou em cheio ao beneficiar reais necessitados, que não conheceu e jamais conhecerá, que lhe serão eternamente gratos... Até, Clodovil!

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