terça-feira, 15 de abril de 2008

Corpo

Tantas vezes, e hoje mais que nunca, o corpo importa mais - trabalhado, enfeitado, exposto, dado, maltratado, recolhido, esculpido, retalhado, usado, inutilizado, não importa; de fato, ele não importa, e sim o que ele representa. O corpo em si é para quem possui o encargo de ser nele. Para os outros, num amplíssimo leque, tudo o que ele venha a representar, tudo o que se busque (e daí se encontre, Deus queira!) nele. O que "emana" do corpo, de uma parte dele, que nele não está, mas que atrai e aprisiona? Uma vibração, o calor, o cheiro..., até a voz, o olhar, ou, talvez, um algo de sua disposição indefinível? Por isso, sem enganos, o corpo não importa, nem o que sobre ele incide; o que parece bonito, estético, sensual, sexual (ora, nada contra), (a)parece, apenas, e não está nele!

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