quarta-feira, 9 de abril de 2008

Fragmento de ficção

Não sei se você lerá isso; vou confiar na intuição de que sim, de que também esse desejo não poderei impedir de aflorar e alcançará bom termo. Quem sabe... Mesmo assim, aí está: nossos dizeres, sejam quais forem, devem ser ditos, ouvidos, atados, trançados e conseqüentes; não há razão para represar tudo o que nos vem à boca, se vem, e acredito que com força e docura vem, para o bem, para aclarar e dar cor. Você não? Estou a me perder num sonho, em fantasia imotivada? Pode até ser; e, se for, então me diga. Deixar de dizer afasta, reprime, recusa, põe abaixo aquilo que, sem dúvida, ao próprio dizente traz paz, dá serenidade. Nós seres humanos, tão complicados, nos esquecemos de nos acalentar e aquecer com amores, amizades, enamoramentos; optamos por calar...

Nenhum comentário: