terça-feira, 29 de abril de 2008

"Vidícula"

Por que não vivo uma vida de loucuras, de doidices reais, até simpáticas, concretas? Porque, sempre que certinho, mais torto, sempre que bonzinho, mais desastroso, e sempre, até não me suportar e (Deus me livre disso!) não ser suportado... Será daí assim? Para que serve uma vida ridícula, uma vidinha de nada, "vidícula"? Tanta coisa obtida e tantas perdidas, postas de lado, pelos caminhos que mal trilhei, às pressas e por vezes devagar demais, desatento e arrastado por um emaranhado de pontas, dos processos inacabados, de uns pensamentos mancos, daquelas fantasias rotas, muitas delas antes de um brilho que atraía como que por encanto! Onde está o veio da pureza na mais natural manifestação viva da humanidade, com todos os seus erros, ais, e percalços? Onde?

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