domingo, 9 de novembro de 2008

Ex tra s

Meu Deus, que dia foi aquele? Jamais poderia imaginar que as coisas fossem acontecer daquela forma... Estávamos na Ilha do Mel, a meia hora de barca de Pontal do Paraná, estação ecológica e local aprazível para um turismo limitado, bem orientado; ficaríamos alguns dias, dias lindos e noites mágicas.No entanto, veio a idéia: que tal cruzarmos duma a outra parte da ilha, ou seja, de Nova Brasília a Encantadas, por terra? Pois é! Terra? Não bem assim – por morros pedregosos e com caminhos escabrosos.Foi o primeiro. Que horror! Pensava o tempo todo que cairia e... adeus! Desequilibrado e mal de coordenação motora, deixei evidente que sem ajuda (a vergonha se fora) não me moveria. O risco era sério! Desse, ao segundo. A mesma idéia de “vou morrer agora”. Estava um pouco mais conformado. Até que chegamos a uma praia estonteante, lindíssima; comemos um peixe inigualável!Mas a vencer lá estava o terceiro. Que tensão! Uma hora olhei para baixo e quase, fui seguro e me salvei... Continuamos. Ao chegar, xinguei tudo e todos com aqueles belos nomes que aprendera desde tenra infância.Como estava em êxtase, inventei (a maré havia baixado) de entrar na gruta. Local pitoresco, fui até o fim, toquei o encontro da rocha com a areia quase seca, e... e a água entrava, célere. Aguardei um pouco, até que ouvi que gritavam desesperados o meu nome.Não sei honestamente como, foi automático, instintivo: no retorno de uma onda pisei em pedra pontuda e sei lá mais em que, feito um alucinado a correr, e fui agarrado e puxado nervosamente para junto do grupo. Abraços, broncas, tudo misturado, e eu rindo... de nervoso, a jurar a mim mesmo que nunca mais faria aquilo. Voltamos, claro, numa canoa.Vocês não vão acreditar, eu sei, mas ela quase virou...!

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