sábado, 15 de novembro de 2008

Ex tra s

“Meça o medo, meça!”
E pus-me a medir...,
Obediente, rente
À ordem demente
Eu me obriguei a ir.
Enorme, ledo medo
Que descubro rubro
Engano, desde cedo,
Da coragem-visagem
Sem pró nem porção.
Mas descubro mais,
Em meio a surtos, ais,
E, enfim, assim cedo
A um lúgubre receio
Que a falação encerra:
De mim partira ela;
Sem medo então sorri.
Pregara-me uma peça?
“Meça o medo, meça!”
E pus-me a medir...

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