sábado, 17 de maio de 2008

Fikssão

Caído ali no tapete da sala, ele tinha o rosto no chão. Tudo o mais estava em ordem, e assim ficaria até chegarmos; só ele quebrava, com o corpo fora de lugar, o que tanto levara para organizar. Estava finalmente alegre, enfim despojado daquela sua tênue e perigosa melancolia, que nós, seus amigos, conheciamos há tempos - chegara-lhe uma carta, aquilo que já não se escreve mais.... O envelope e seu precioso conteúdo estavam dobrados e bem guardados no bolso da camisa passada no dia anterior, possivelmente. Entramos porque a porta estava entreaberta, e hoje é só ver muito assalto, sequestro, violência! Viramos o corpo. Sorria!!! Chegara sua hora, como se diz. Ele não deixara a vida, mas saíra dela correndo, às pressas, feliz! Não lemos a carta. E prá quê?...

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