quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Apelido II

As lembranças afloram gostosamente; tempos bons, de quando criança era criança e havia ainda alguma ingenuidade, coisa que desapareceu da face da Terra. Fomos os últimos? O Ibrahim, por exemplo, nosso colega que continuamente era lembrado de que esquecera a bunda em casa, de quem rimos até a urina restar incontida quando quebrou seu protuberante nariz e teve que colocar uma espécie de nariz de palhaço de gaze na ponta do mesmo, era o sírio siririca. A gente nem se dava a saber exatamente o quê nem por quê – a questão era de homofonia apenas. Nunca circulou a informação de que ele ficara deprimido com isso, traumatizado, aturdido, tadinho do bebê chorão da mamãe... Nada! Ele não era disso, nem nós; éramos simples crianças, alegres, felizes, rumo a um futuro...

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