quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pensando bem...

A gente tem como se defender dessas ilusões que nos afetam os afetos, os quais, às vezes, pelo uso indiscriminado, se tornam desafetos; por um simples acaso descriminalizados, tornar-se-iam “sedafetos” - afetos assim macios, cujos efeitos sedam, e feitos de seda? Sim, pode bem ser! Mas parecem criminalizados... E nos defendemos, justamente, ao fazer dessas fantasmagorias o que são: névoas entre nós e a realidade, erigidas em nossa proteção (de nós mesmos...). Porque senão, vamos nos fazendo mal; e, de mal em mal, crostas de tristeza vão nos recobrindo, e, tão ressentidos, desaparece nosso viço. Ser viçosos apetece o apetite do mais, nos faz dar uma chance séria e merecida ao patife que nos habita e que tenta dar à graça todo seu doce e encantador ar.

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