sábado, 29 de novembro de 2008

Fra g mento s

Nada. Não sobrara nem mesmo um mísero e solitário centavo, um só, individualista, egoista, um último. Nada mesmo! Que horror é a miséria, mesmo que temporária, e breve. Apesar de tudo, brotara a idéia de falar com o amigo que encontrara no dia anterior. Quem sabe... Ninguém, mas custar não custaria, e se custasse não poderia pagar. Em memória daqueles dias de opulência, um brinde de água da bica no copo de plástico, usado. Para comer, só pensamentos doces, imaginação, sob risco de sentir o aroma das comidas ricas, pratos elaborados. Hummmm!... Ah, sofrimento amargo, duro, cruel, doentiooooooo. Acordou! Estava sentado na cama, suando, trêmulo, o coração disparado. Zonzo, observou a moeda na mão fechada, de um centavo, um só. O último???

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom!
Parabéns pelos textos! Foi muito bom encontrá-lo por aqui.
Forte abraço,
Cristiano Dionísio