quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

171... (B)

Posta enfim de lado essa ingenuidade tão crônica dos crédulos, desses eternos e irrecuperáveis acreditadores, resta-nos a abordagem da malfadada cobiça. E como essa se manifesta, de forma nada saudável? Na contingência de se tirar proveito do outro, de fazê-lo de tolo, de se ser muito mais esperto que o pobre tido por bobo, um troxa, simplório idiota. E então revela-se, de dissimulação a dissimulação, exatamente o contrário. Invertido o jogo, estabelece-se que é a cobiça que ilude à própria vítima; ele é quase um auto-enganado, por pouco. Tênue o auxílio que lhe faz emprestar o estelionatário. Tivesse ele um pingo de pena, só um pingo, e o dono da cobiça ficaria com ela sem prejuízo qualquer, sem machucar-se a si mesmo. Assim é a vida, sim, para quem a vive assim!...

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