domingo, 7 de dezembro de 2008

Di a a a iD

Sepultar a última ilusão ainda sobrevivente, a derradeira pura evanescência, a insistência teimosa de algo que capaz de ser entendido como perfeito, completo, absoluto, sem furo, sem a menor falta, e acabado; ...que tarefa difícil de realizar enquanto não se vê como são as cicatrizes que deixam, as marcas profundas, os sulcos daquilo que de tão bom jamais existiu de verdade, nem haverá, que tende a paralisar, estancar qualquer chance de desejar, que põe sob recalque o que pulsa e faz mumificar todo um corpo ainda vivo, que chega a cada célula para anular, tão-somente isso, anular a energia que ali permanece, dissipando-a - tarefa árdua, única e intransferível, penosa, mas para o bem, a sanidade, a fala plena, os dias ricos, abertos, de momentos tão reais, críveis...

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