quinta-feira, 24 de julho de 2008

"Senza"-tez

Qual a cor da pele do rosto de emoções escamoteadas para, se descobertas, não revelarem o que corresponde às idéias, aos pensamentos, às questões todas que, não enfrentadas, mal estruturadas, tão duvidosas, tiram o sono, ardem feito brasa no estômago? Qual, que leva dedos mordiscados junto às unhas, e a movimentos que deixam patente a insatisfação e a impaciência ímpares, com vontade de explodir, de arrebentar, de sair a todo custo? Qual, que balança prá cá, prá lá, mas deixa imóvel a incompreensão, estática a ânsia de realizar o que, feito navio que se afasta do porto a perder-se no horizonte, parece ir sumindo e faz sucumbir o sorriso pálido no olhar triste, distante? Bocas (as duas) abertas à vida! Silêncio articulado. Sensatez em nada perguntar... Jamais responderei!

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