quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Prudência

Entre muitos, prudência (prudentia), ao invés de virtude que deveríamos todos cultivar, parece ser ainda, lamentavelmente, o vício abjeto dos que, sem apego mínimo à arte de decidir acertadamente, com discernimento, assevera Jean Lauand assim, mais se afinam à gente apalermada que disso se vale para errar, sem nada conjeturar direito, e caso decidam algo, que seja observar, adiar, desistir, não tomar as decisões necessárias, prementes, as quais, com ironia, deixam a cargo e ao talante dos que rotulam de ousados, em sua ignorância, por sinal das mais pueris! Receio, dúvida, insegurança, e tudo o que se pareça com isso, nada tem de prudência; prudente é a atitude de ir, fazer, criar, enfim, de decidir não de forma atabalhoada, claro, mas nos limites mais extremos do possível.

Nenhum comentário: