domingo, 17 de agosto de 2008

Fra g mento

[cont.] Puderam ter seu corpo lindo, macio, a sua sexualidade sem freio, mas em tempo algum passaram ali da sala, nem imaginaram um corredor que os poderia ter levado a algum dos quartos, e, mais, à suíte onde sua alma inteira se revelava em humanidade inigualável – essa sim o tesouro que homem não tocara, apto como homem em toda a sua expressão. Mantinha um afeto frouxo por quem desse modo decidira estar com ela. Dois bagaços, um ao lado do outro, só isso. Ela descobrira, já casada, pela primeira vez, que não poderia engravidar, pena de morrer; condenada em vida à morte do que mais desejava. Não se tratava de adotar: tinha que trazer no corpo, nutrir, dar à luz!!! Ou fora de si, ao invés de chorar em amargura, sorrir tonta com aquele incômodo lá dentro...

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