quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Inquietude

A inquietude é uma companheira insubstituível nesse seu labor fascinante de não nos deixar assim tão fácil a estagnação, a segurança ilusória, acachapante, que nos assenta a pegar o pó do tempo que passa sem que nos demos a menor conta de que não damos mais conta de nós mesmos, e de nada na vida, que tão-só se amontoaram sonhos fátuos e inofensíveis de um romance sem relance; e aí, em plena existência, com a morte de mãos dadas, nos aconselhamos acerca do próximo passo a não dar (se o dermos, por mero engano, que consigamos pois retroceder), aquele arroubo a evitar, os equívocos a manter distantes. Imobilizados, não somos mais belos ou doces, com amor irrequieto eu o digo, mas restamos desinteressantes..., muito! Importa dilatar limites - da mente, do corpo, do viver.

Nenhum comentário: