domingo, 3 de agosto de 2008

Fra g mento

Ele vivia, e para sempre em sua cabeça, em função dela, a lhe fazer vontades, todas, a atender seus caprichos "infantilóides", cumprindo bem o funesto papel de servil, de burro mesmo. Mas era um gozo todo seu; bom para ele, melhor ainda para ela. As lembranças da outra se esmaeciam. Que pena! Tão linda (a outra, óbvio!), havia sido renegada e deixada por ele naquele doloroso "ora veja só", apaixonado por sua senhora implacável, cruel. Mas não havia comparação! Era o típico caso de erro de mira. Ele que tanto queria ser feliz, talvez mais fazer a outros (a ela) feliz, como missão insondável a cumprir pena de terríveis sofrimentos, que se encarregaria de infligir-se, mal sabia em que toca se metia... Tem gente que é assim: só aprende de fato apanhando, e nem que seja de si!

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