domingo, 7 de setembro de 2008

Fra g mento

Tudo havia ficado lá atrás, e muito distante, na memória cuja evocação seria bastante difícil. Melhor assim? A vida não era a brincadeira e o sonho de outrora, de imaginação tão pronta e agradável. Então, o que fazer? Não sabia o que fazer - não era de saber mesmo, o que, e nem como; nunca soube!... Verdadeiramente, ele não sabia também o que desejar; temia debruçar-se sobre seu vazio próprio, inexpugnável, e perder-se de si. Seguia pela rua de casa e logo estaria lá. Descansaria e, mais adiante, o café e as leituras. A escrita ficaria para um outro momento. A questão de pôr reminiscências no papel e então organizar os eventos do passado lhe parecia uma tarefa impossível, mas que o fascinava. Mais um dia assim findaria e a noite daria sua vez a um novo dia, de luz, doce, leve, quiçá!

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