terça-feira, 3 de junho de 2008

Ilusão

Como é difícl, apesar do bem que faz, dizer adeus à ilusão! É um corte profundo, de dor lancinante, a jorrar esperanças ralas, enfraquecidas, sem sabor, que se quer a permanecer, que se acalenta, e que acabam por, tiranicamente, dominar. Ah, é só imaginar... e sofrer, dar vazão a tanta fantasia irrisória, indefinidamente! Que tristeza, e que alegria, a vivência de ver ralo abaixo, deixado para sempre o que real e próximo parecia, como estar mais leve do compromisso de alimentar o que jamais existiu. E depois disso que vem? E a realidade, o que existe, onde, como? Querer não, bem mais que mero querer - desejar; uma possibilidade desde logo. O engano é muito fácil; o preço a pagar, contudo, também o é - seja no sonho que fascina, sedutor, ou seja na despedida dele!

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