quinta-feira, 19 de junho de 2008

Insuportável

O tal jogo que ela faz, em conexão com o jogo no qual ele se permite gozar perdendo, é insuportável; ao menos para ele, se pretende que o azar do jogo, no qual só se perde mesmo, natural e absolutamente, não mais o acompanhe, marque, acabe por caracterizá-lo! Ela dá margem, e ele se chega; ela se afasta, ele fica perplexo, e também se retrai; ela cobra a sua ausência, diz que ele a acha quando queira; ele agenda, e ela volta atrás, não se deixa achar. Não consegue ele lhe dizer o que quer, fazer o que quer, decidido a tanto (antes torcia para que tudo desse errado!), ela parece não querer ouvir, para poder continuar jogando e, assim, quem pode, ah, meu Deus!, suportar tal tensão? Um sai, ele, do jogo dele, e do dela. Ficará o que for do que bem poderia um dia ter sido...!

Nenhum comentário: