quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ponto-de-vista

Que vejo? Um ponto-de-vista, uma vista do ponto tonto dado, quanto cegos são meus pontos-sem-vista; pontos mais de interrogação que de exclamação, pontos a esperar, pontos e vírgulas sem finais a atrapalhar; reticências; alguns parágrafos sem culpa, e nada a desculpar também nos períodos. Vistas turvas por um ponto. Alguns dos meus pontos-de-vista são de vida, outros entorpecidos. Por vezes, uns pontos desses são de ím-par tortuosidade, em que só eu pareço entender daí o que os tais expressam e com isso me querem dizer: dizem de tudo, de nada, de morte a-guardada, de de-seja-r. Que vejo, então? Se-ja! Vejo até o que não quero insistir e insistir mais a voltar, assim num ponto pronto. Pronto prá vista; vasta vi-são vencida da lenda vastidão essencial, de tanto ima-ginária.

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